A ciência atual sugere que golfinhos estão suscetíveis ao Alzheimer
Recentemente, os cientistas encontraram rastros da doença no cérebro de três espécies de golfinhos que estavam encalhados.
As informações concedidas pelo Science Alert relataram a recente descoberta dos pesquisadores, que encontraram rastros do Alzheimer no cérebro de golfinhos de três espécies distintas, quando estes foram encontrados sem vida após encalharem fora do mar.
Os encalhamentos também estão sendo analisados, já que a pesquisa alertou sobre a possibilidade da ocorrência da “síndrome do líder doente”.
Frank Gunn-Moore, neurobiólogo da Universidade de St. Andrews, na Escócia, afirmou que a pergunta mais comum em sua profissão é se os animais também podem desenvolver demência.
Segundo as pesquisas recentes, há um potencial muito grande de que não são apenas os humanos que sofrem com a demência.
Golfinhos foram encontrados com Alzheimer
A doença é um fator que pode incapacitar a mente humana, sendo mais comum em idosos. Ela afeta gradualmente a memória do paciente e pode levar à perda de habilidades comunicacionais e de aprendizado. Não se trata apenas de um esquecimento comum, mas sim de todas as necessidades básicas de convivência.
Marissa Vacher, bióloga da Universidade de Leiden, relatou que cerca de 20 golfinhos encalharam recentemente. Todos foram utilizados para análise dos cérebros em uma pesquisa sobre a possível presença do Alzheimer nos animais. Foram encontrados marcadores da doença semelhantes aos presentes em humanos.
Os pesquisadores analisaram três espécies distintas: golfinho-de-bico-branco, baleia-piloto de nadadeiras longas e golfinho-nariz-de-garrafa comum.
Todos apresentavam sinais de animais idosos nos dentes e na mudança de cor dos tecidos que envolviam os cérebros. As lesões encontradas nos cérebros dos animais foram semelhantes às observadas em humanos com a doença.
Com relação ao Alzheimer, os especialistas acreditam que a perda de memória, o senso de direção e outras condições possam ter prejudicado a rota desse grupo de golfinhos, levando-os para um nível mais raso do mar. Apesar da evolução na pesquisa, os cientistas ainda não puderam confirmar o diagnóstico da doença nos animais.
Embora os níveis de processo cognitivo dos golfinhos não estivessem mais ativos, há a possibilidade de que a doença possa progredir nos animais, especialmente considerando as características sociais e interativas desses animais.
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