Descubra o que é pirâmide alimentar
Você sabe como ela pode influenciar na nossa alimentação? Saiba como ela é formada, os benefícios de sua adoção e várias curiosidades.
Imagina só, diariamente você chega em casa faminto depois de um dia intenso de trabalho ou um longo período na escola. Ao abrir a geladeira, encontra uma lasanha industrializada congelada, pronta para ir ao microondas e legumes in natura para serem lavados, cortados e preparados. Qual opção você escolheria?
Se você é adepto da primeira, saiba que seus hábitos podem prejudicar, e muito, a sua saúde ao longo do tempo.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre 2006 e 2016, a obesidade cresceu 60% no Brasil. Doenças crônicas como hipertensão e diabetes também aumentaram consideravelmente.
Grande parte da responsabilidade desse aumento é creditada ao sedentarismo das pessoas e a seus maus hábitos alimentares, onde os alimentos ultraprocessados possuem um lugar muito maior, se comparados aos alimentos naturais, responsáveis por uma alimentação equilibrada.
Mas afinal de contas, isso tem alguma coisa a ver com a pirâmide alimentar? Certamente, mais do que você imagina. Confira a resposta para esta e outras perguntas a respeito da pirâmide nos tópicos a seguir.
O que é a pirâmide alimentar?
A pirâmide alimentar, nada mais é, do que um método didático utilizado para classificar os alimentos. Sua principal função é embasar uma alimentação saudável e equilibrada. Portanto, estabelece uma relação entre a sua prática e a prevenção da obesidade.
Ela foi criada em 1992, pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para ser um guia informativo, principalmente para conscientizar a população do país sobre a importância de uma alimentação sem excessos.
Existem diversas versões, e a mais conhecida, inclusive, já passou por uma série de modificações. Por meio dela, os alimentos são classificados em grupos, justamente no formato de uma pirâmide.
A divisão é feita em oito grupos (carnes e ovos, frutas, carboidratos, leite e derivados, óleos e gorduras, legumes e verduras, feijões e oleaginosas e açúcares). Esses grupos, então, indicam a quantidade diária recomendada para aqueles alimentos.
Essa categorização é feita de acordo com os nutrientes e as funções dos alimentos. Em relação à função, os alimentos são classificados enquanto energéticos, reguladores, construtores e energéticos extras. Cada um deles exerce um papel no corpo humano.
A disposição em formato de pirâmide não foi feita ao acaso. Este formato, visualmente, é ideal para representar os alimentos que devem ser comidos em maior quantidade (base da pirâmide) e os que devem ser diminuídos (topo da pirâmide).
Veja os grupos que compõem a pirâmide alimentar, na ordem dos mais recomendados para os menos recomendados.
Grupo 1 – Carboidratos
Grupo 2 – Verduras e legumes
Grupo 3 – Frutas
Grupo 4 – Leite e derivados
Grupo 5 – Carnes e ovos
Grupo 6 – Feijões e oleaginosas
Grupo 7 – Óleos e gorduras
Grupo 8 – Açúcares e doces
De acordo com os especialistas, apesar de a água não estar representada na pirâmide, ela é considerada essencial ao bom funcionamento do corpo. Alguns nutricionistas defendem, até mesmo, que ela seja representada abaixo do grupo 1, como o alimento mais importante de todos.
Pirâmide alimentar brasileira
Conforme informação anterior, a pirâmide foi criada nos Estados Unidos, portanto, refletindo os hábitos alimentares dos habitantes do país. Já no Brasil, o primeiro modelo foi criado em 1999.
A primeira, pouco se diferenciava do padrão norte-americano. A principal alteração foi a inserção de alimentos mais consumidos pelos brasileiros, além dos originários daqui, como frutas nativas e a castanha do Pará, por exemplo.
Entretanto, em 2013 uma nova versão foi apresentada. Dessa vez, com uma reestruturação significativa. Uma das principais mudanças foi a redução da quantidade de calorias recomendadas para um dia. O valor que anteriormente era de 2500 kcal, passou a 2000 kcal.
Além disso, a quantidade indicada para determinados alimentos foi reduzida e eles foram redistribuídos. Outra mudança foi a redução do tempo entre refeições. Tudo isso com o intuito de frear o crescimento acelerado do número de obesos no país.
Vale lembrar que ela não é, necessariamente, um método utilizado para emagrecimento. Entretanto, se combinada a um estilo de vida saudável, incluindo a prática regular de exercícios físicos, consumo de adequado de água e momentos de descanso e lazer, pode sim atuar como ajuda para alcançar este tipo de objetivo.
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