Plano Clima: grupo técnico inicia dia 8

Anúncio foi feito durante reunião do MCTI, na última quarta (1º), com representantes de 19 ministérios

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) ficará responsável pela orientação técnico-científica da estratégia do Plano Clima – Adaptação, por meio do grupo técnico de trabalho – dos quatro que integram o Comitê Interministerial sobre a Mudança do Clima (CIM) – a ser instalado na próxima quarta-feira (8).

Durante a reunião com essa finalidade, realizada na última quarta-feira (1º), com a participação de representantes de 19 ministérios, também ficou decidido que os grupos, monitorados pelo MCTI, terão duração de 120 dias.

A respeito da importância do papel do setor público, na busca de soluções para os problemas climáticos, a titular do MCTI, Luciana Santos reafirmou: “Tenho dito que a ciência e a tecnologia são fundamentais para combater a mudança do clima”.

Trabalho conjunto – Também presente ao encontro, a ministra do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva, ressaltou que esse é um trabalho que deve ser executado em conjunto, contemplando governo e sociedade. “Todos estão convocados para essa agenda de adaptação”, reforçou.

Ao acentuar o caráter ‘integrado’ do Plano Clima, a representante da Casa Civil – a quem cabe a coordenação do CIM e das ações federais – Karen Cope afirmou que este deverá abordar aspectos como mitigação e adaptação, além de permitir uma visão atualizada a respeito das políticas brasileiras para a área. “Essa agenda é de alta prioridade e importância”, completou.

Por sua vez, o coordenador-geral de Ciência do Clima do MCTI, Márcio Rojas, chamou a atenção para a responsabilidade da pasta para o avanço da fronteira do conhecimento, dando como exemplo os investimentos em projetos científicos de ponta, como o ‘AmazonFACE’, pelo qual será possível avaliar como a floresta amazônica se comportará no futuro. “Este é um dos projetos científicos mais relevantes da atualidade. Vai simular em uma pequena parcela de floresta a atmosfera prevista para 2050, com concentração de 600ppm de dióxido de carbono”, revelou.

Dentro desse esforço, outro investimento de ‘peso’ é o Centro de Síntese em Mudanças Ambientais e Climáticas (SIMAClim), que produzirá informações decorrentes de evidências científicas, direcionadas aos tomadores de decisão.

Impactos minimizados – Embora não elimine os impactos das mudanças climáticas, a agenda de adaptação pode minimizá-los, observa o especialista em impactos, vulnerabilidade e adaptação do MCTI, Diogo Santos, comenta: “Tomando o conceito de desenvolvimento resiliente ao clima, a adaptação representa uma oportunidade para enfrentar questões fundamentais para a sustentabilidade e o bem-estar”, ao questionar: “Qual esforço deve ser feito para se colocar em uma trajetória adaptativa? Temos que ter consciência de onde estamos, para onde vamos e qual a trajetória que queremos”, respondeu.

Com vigência por 12 anos e revisão a cada quatro anos, o Plano Clima deverá ter sua estratégia concluída até o início do próximo ano, quando também serão finalizados os planos setoriais. Sob coordenação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o plano tem a co-coordenação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Em setembro último, foram realizadas as oficinas sobre justiça climática e emergência climática.

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