‘Poeta’ ou ‘poetisa’: qual das duas expressões é a correta?
Coloque um fim a essa dúvida linguísticas a respeito dos termos 'poeta' e 'poetisa' na literatura contemporânea.
A linguagem está em constante evolução, e as palavras que usamos refletem não apenas a nossa gramática, mas também aspectos culturais e sociais. No caso da literatura, os termos “poeta” e “poetisa” geram discussões interessantes. Contudo, respondendo à dúvida: ambos são corretos, mas o uso varia conforme o contexto e a preferência pessoal.
Renomadas autoras brasileiras, como Cecília Meireles, Adélia Prado e Hilda Hilst, são referências na poesia nacional. A dúvida sobre como denominá-las — “poetas” ou “poetisas” — é uma questão que envolve mais do que apenas gramática. Segundo Roberto Lota, do Elite Rede de Ensino, “poeta” é um termo unissex, enquanto “poetisa” é a versão feminina.
Poeta ou poetisa: entenda a origem
Foto: Anton Vierietin/Shutterstock
A palavra “poeta” tem raízes no grego “poetés”, significando “aquele que faz”. Influências latinas moldaram o termo na forma como o conhecemos hoje. Similarmente, “poesia” deriva de “poíesis”, que também passou por transformações linguísticas. O sufixo “-isa” em “poetisa” é utilizado para determinar o gênero feminino, uma prática comum em outras palavras.
No século passado, o termo “poetisa” foi visto por algumas mulheres como uma tentativa de diminuir a importância de suas obras. Muitas autoras passaram a se autodenominar “poetas” em busca de igualdade. Cecília Meireles, ao se autoproclamar poeta, influenciou muitas outras escritoras. Seu poema “Motivo” ressalta essa escolha.
Exemplos práticos na literatura
Confira abaixo alguns exemplos do uso do termo na Língua Portuguesa e nunca mais erre:
- A poetisa Kamala Das foi mencionada em uma questão do Enem 2018.
- Em outra questão do Enem 2018, Emília Freitas é referida como poetisa.
- Maria da Conceição Evaristo é apresentada como poeta pelo Itaú Social.
Resumindo: o uso de “poeta” ou “poetisa” pode ser uma escolha pessoal ou culturalmente influenciada. Ambos os termos são aceitos, mas cada um carrega suas próprias conotações e histórias. A escolha entre um ou outro revela, muitas vezes, a busca por identidade e igualdade na incrível arte da escrita.
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