O que está por trás da suspensão do TikTok para membros do governo de diferentes países?

A principal preocupação da cúpula governamental de certos países é assegurar a segurança cibernética, privacidade e proteção de dados.

A polêmica em torno do TikTok está longe de acabar. Isso porque é crescente o número de países que decidiram banir o uso do aplicativo chinês em celulares corporativos de membros do governo ou de posições consideradas estratégicas. No entanto, as razões para os governos proibirem o uso do TikTok estão relacionadas principalmente à segurança nacional.

Entenda o caso

Ainda em 2020, Donald Trump, à época presidente dos Estados Unidos, defendeu o banimento do TikTok do país. Porém, o Congresso do país, liderado por Joe Biden, atual presidente dos EUA, não liberou a suspensão do app e salientou que mais estudos sobre o app eram necessários.

Na ocasião, Donald Trump argumentou que o aplicativo chinês comprometia a segurança nacional e tinha o poder de acessar dados pessoais sensíveis de usuários norte-americanos de sua sede, localizada na China. Em nota, o TikTok negou as informações.

Porém, a discussão sobre a privacidade, proteção de dados pessoais e segurança cibernética em torno do TikTok não foi encerrada. Pelo contrário. Hoje, diferentes países empenham esforços para banir o aplicativo de aparelhos corporativos de membros do governo.

Em dezembro de 2022, após a suspensão da proibição do app pelo Congresso americano, uma medida foi aprovada para suspender o TikTok de smartphones e outros aparelhos do governo.

A medida permite apenas o uso do app em ocasiões excepcionais e para atender a exigências de pesquisa, aplicação de lei ou promoção da segurança do país.

Outros países também estão suspendendo o TikTok

No dia 24 de fevereiro, a Comissão Europeia decidiu pela proibição do TikTok em celulares de membros do Conselho de Administração Corporativo e seus funcionários, como medida de proteção da segurança nacional e para evitar possíveis espionagens.

Dessa forma, com tais medidas, os países buscam evitar supostos usos de dados de maneira indevida por parte de Pequim, especialmente para evitar que haja divulgação de propagandas ou notícias que visem favorecer o governo da China.

Além disso, a crescente preocupação dos países com a privacidade e proteção de dados faz com que os governos acendam o alerta para manter a segurança cibernética de seus aparelhos, especialmente de pessoas associadas a funções estratégicas, como presidentes e chefes de gabinete.

Em nota, Brooke Oberwetter, porta-voz do aplicativo, afirma que as medidas se tratam de teatro político e não passaram por processo de deliberação.

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