Política dos Governadores

A Política dos Governadores foi uma aliança política firmada entre o governo federal e os governos estaduais durante a Primeira República.

O que foi a Política dos Governadores? A Política dos Governadores foi um acordo político firmado entre o governo federal e os estaduais durante a República Velha ou Primeira República.

Essa prática foi institucionalizada no governo de Campos Sales (1898–1902), momento em que os estados mais coesos levaram vantagens, como foi o caso de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul.

A Política dos Governadores buscou a manutenção do governo federal sem precisar se impôr aos governos estaduais.

Dessa maneira, além de ser o desdobramento da articulação das classes dominantes para se manter no poder, ela uniu os interesses dos políticos locais concentrados nas oligarquias estaduais com o governo federal.

Essa foi a forma de garantir o controle político.

Contexto histórico

A eleição vencida pelo paulista Prudente de Morais, em 1894, para o cargo de presidente da República, marcou o início do período em que o país foi comandado por presidentes civis, com exceção do marechal Hermes da Fonseca, em 1910 a 1914.

Os presidentes eleitos, nessa época, representavam os interesses das oligarquias estaduais que concentravam o poder econômico do país. Eram elas Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul.

Para compreender essa organização do poder, é importante salientar que a Constituição republicana permitiu que os estados tivessem autonomia, além disso, ela contribuiu para o fortalecimento dos partidos políticos locais.

É nesse contexto que se insere a Política dos Governadores.

Resumo da Política dos Governadores

Durante o governo de Campos Sales, o poder federal estabeleceu uma relação amigável com as oligarquias estaduais concentradas nas mãos dos latifundiários.

A Política dos Governadores funcionava a partir da aliança que o presidente da república estabelecia com os governos estaduais, dando autonomia para os governadores exercerem o poder local.

Em contrapartida, os governadores ajudavam a eleger, além do presidente, os deputados e senadores que seriam aliados do governo federal.

Nota-se, então, o poder que as elites locais possuíam no cenário político e econômico nos estados que comandavam.

As elites eram formadas pelas famílias mais poderosas (financeiramente e politicamente) da região. Essas famílias, em sua maioria, eram comandadas por coronéis.

O destaque da figura do coronel no cenário político local recebe o nome de coronelismo. Ele viabilizava a corrupção das fraudes eleitorais por meio do voto de cabresto, compra de votos e a manipulação dos mesmos.

Geralmente, esse movimento ocorria em um contexto marcado pela violência por parte dos coronéis e seus seguidores.

A Comissão Verificadora dos Poderes contribuía para manipular o resultado das eleições ao favorecer os candidatos a governo estadual beneficiados pelo governo federal.

É importante salientar que a Política dos Governadores contribuiu para a consolidação da Política do Café com Leite.

Como funcionava a Política dos Governadores

A Política dos Governadores funcionava da seguinte forma:

Governo federal

Além de conceder poder e liberdade política, ele oferecia benefícios econômicos às oligarquias estaduais.

Governo estadual

Em troca, os governos estaduais facilitavam a eleição dos candidatos à presidência, ao Senado e ao Congresso através do voto de cabresto. As eleições eram comandadas e manipulados pelos coronéis que detinham o poder e a influência local.

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