Osteoporose pode ser resultado de poluição do ar, diz estudo
Pesquisa avalia mulheres após a menopausa, mas uma série de fatores também são analisados.
Estudo publicado na eClinicalMedicine associa poluição do ar à perda de densidade óssea em mulheres. O fenômeno pode ser traduzido como os danos causados à estrutura óssea, que se torna mais frágil, especialmente após a menopausa. O principal gás responsável por esse fenômeno é o óxido de nitrogênio.
Estudo amplia descobertas sobre a poluição do ar e a osteoporose
De acordo com a pesquisa conduzida por Diddier Prada, Carolyn Crandall e outros cientistas, os níveis de poluição do ar têm ligação direta com a perda da densidade mineral óssea, condição que favorece o aparecimento da osteoporose, doença crônica que torna os ossos mais frágeis.
Na pesquisa, mais de 9 mil participantes mulheres no período pós-menopausa foram acompanhadas por 6 anos. Entre os dados fornecidos, estava o endereço das participantes, para medir os índices de óxido nítrico, dióxido de enxofre e outros gases químicos.
Com esses dados, foi possível descobrir que, quanto maior for a presença de gases poluentes, mais a redução da densidade mineral óssea se intensifica. Dessa maneira, todos os ossos do corpo eram afetados negativamente com a poluição e ficavam mais frágeis, inclusive coluna e pescoço.
Para Diddier Prada, um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo, que atua na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, a poluição do ar é um fator de risco para a perda da densidade óssea.
De acordo Prada, a má qualidade do ar afeta negativamente a todos, inclusive mulheres.Ademais, a perda óssea decorrente da poluição do ar não depende de fatores socioeconômicos ou demográficos. Assim, todos estão expostos da mesma forma aos gases químicos que prejudicam os ossos.
Essa perda óssea pode acontecer quando há morte das células em razão do estresse oxidativo provocado por moléculas tóxicas presentes no meio ambiente com potencial para prejudicar o corpo humano.
Entre os gases químicos mais danosos para os ossos está o óxido de nitrogênio. No estudo, todas as partes do corpo apresentaram perda óssea, no entanto, a coluna lombar é a mais afetada pela poluição do ar, defende Prada.
A conclusão dos pesquisadores também acontece nessa linha em razão da diferença de estilos de vida, condições socioeconômicas e etnias de todas as participantes, que tinham em comum apenas o fato de estarem no período pós-menopausa.
Para os cientistas, o estudo pode contribuir para aumentar os esforços em direção à construção de políticas para melhorar a qualidade do ar, com redução dos gases nocivos, em especial o óxido de nitrogênio.
Da mesma maneira, defendem que o estudo vai ser útil para detectar quem são as pessoas mais suscetíveis a sofrer com a poluição do ar.
Comentários estão fechados.