Pôr do sol ou pôr-do-sol? A gramática explica para nunca mais confundir
Qual a forma correta após o Novo Acordo Ortográfico de 2009?
A Língua Portuguesa, rica e complexa, frequentemente gera dúvidas quanto à grafia de algumas expressões, sobretudo aquelas que podem ou não ter hífens.
Entre elas, a forma correta de escrever “pôr do sol” é uma questão comum. Com a introdução do Novo Acordo Ortográfico em 2009, muitas locuções sofreram alterações.
A dúvida sobre o uso do hífen em “pôr do sol” é um exemplo representativo, e tal acordo trouxe mudanças significativas que ainda geram questionamentos.
Por isso, é importante conhecer essas alterações para evitar erros comuns na escrita.
Fenômeno impressiona pela beleza, mas gera dúvidas quando se trata da escrita em português – Imagem: reprodução/Makabera/Pixabay
Alterações ortográficas
Com o Novo Acordo Ortográfico, a expressão passou a ser escrita sem o hífen, mas com acento circunflexo no “pôr”. Logo, a forma correta é “pôr do sol”.
Tal mudança também afetou outras locuções, como “dia a dia” e “final de semana”.
Exceções à regra: apesar das novas regras, algumas locuções consagradas ainda mantêm o hífen, como “cor-de-rosa” e “pé-de-meia”. Essas exceções ocorrem devido ao significado específico e à aceitação cultural ao longo do tempo.
Conjugação e pluralização
Para evitar erros, é essencial entender como pluralizar “pôr do sol”.
A expressão é um substantivo composto com preposição. Portanto, apenas o primeiro elemento vai para o plural: “pores do sol”. Veja alguns exemplos:
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A praia nos proporciona lindos pores do sol.
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São tantos pores do sol que já perdi a conta.
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Os pores do sol desta semana foram espetaculares.
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Hoje vi um lindo pôr do sol.
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Jorge não tinha o hábito de assistir ao pôr do sol.
Compreender a correta grafia de “pôr do sol” e sua conjugação é crucial para uma comunicação precisa.
Palavras que podem ter hífen
O hífen desempenha papel fundamental na formação de palavras compostas, especialmente quando elas adquirem um novo significado. Além disso, é essencial para a correta escrita de verbos acompanhados de pronomes oblíquos átonos.
Compreender tais aplicações evita erros e facilita a comunicação eficaz.
1. Palavras compostas
Nos casos de palavras compostas, o hífen é utilizado quando a junção dos termos forma um conceito único. Exemplos incluem arco-íris, decreto-lei e mesa-redonda.
Nesse contexto, a separação com hífen ajuda a expressar ideias específicas.
2. Espécies botânicas e zoológicas
Para designar espécies de plantas e animais, o hífen também é indispensável. Palavras como erva-doce e beija-flor são escritas com esse sinal para nomear adequadamente as espécies e criar termos claros e padronizados.
3. Ligação de verbo e pronome oblíquo átono
Quando um verbo se junta a um pronome oblíquo átono, o hífen é necessário em casos de mesóclise ou ênclise. Exemplos incluem conhecer-me-ão e falar-nos-emos.
4. Prefixo “-sub”
O hífen aparece ainda quando o prefixo “sub” é seguido por outro termo iniciado em “r”. Exemplos são sub-raça e sub-região.
5. Prefixos terminados em vogal ou “r”
Quando o prefixo termina em vogal e o segundo termo começa com a mesma vogal, o hífen é necessário. Por exemplo: micro-ondas, anti-inflamatório.
O mesmo se aplica quando o prefixo termina com “r” e o termo seguinte começa com “r”, como em super-realista, super-resfriado.
Embora mudanças ortográficas possam causar confusão, elas são essenciais para a evolução e padronização da língua, e é importante estar ciente de tais alterações para escrever corretamente.
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