Por que ir à Lua ainda é um desafio? Quase 50% das missões falham!
Explore os obstáculos que tornam as missões lunares um desafio, com quase metade delas falhando!
No último dia 23 de agosto, a Índia alcançou um marco histórico ao realizar com sucesso o pouso da missão Chandrayaan-3 no polo sul da Lua.
Essa conquista impressionante ocorreu apenas alguns dias após o dramático fracasso da Rússia com a espaçonave Luna-25, que colidiu com a superfície lunar no domingo (20) e foi declarada perdida.
O sucesso da Índia no pouso lunar destaca a dificuldade e os constantes riscos envolvidos nas viagens espaciais, especialmente em missões para a Lua.
Embora o primeiro pouso suave na superfície lunar tenha ocorrido há quase 60 anos, até o momento apenas quatro países — a própria Rússia (quando era União Soviética), os Estados Unidos, a China e agora a Índia — conseguiram realizar esse feito impressionante.
Outras nações também tiveram êxito em missões ao redor do satélite natural, mas ainda não conseguiram pousar na superfície dele.
Fatores políticos e tecnológicos desafiam sucesso das missões lunares, afirma especialista
Segundo declarações recentes de uma renomada especialista, quase metade das missões lunares ao longo da história falharam devido a desafios tecnológicos, falta de experiência e questões políticas.
Gail Iles, Ph.D. em Física da Matéria Condensada e professora sênior de Física no prestigioso Instituto Real de Tecnologia de Melbourne (RMIT), na Austrália, destacou essas questões em uma análise profunda sobre as expedições à Lua.
(Imagem: divulgação)
As informações foram apuradas em uma reportagem do site Business Insider, que apontou o impacto significativo desses fatores no sucesso das missões lunares.
Gail Iles citou a missão Luna-25 como um exemplo específico de como crises políticas podem afetar essas expedições.
“Embora não saibamos os detalhes exatos do que ocorreu, é plausível que a atual situação na Rússia, marcada por recursos limitados e altas tensões devido à guerra na Ucrânia, tenha sido um fator contribuinte”, afirmou a professora.
Missões espaciais precisam superar vários desafios
Em um artigo publicado na última sexta-feira (25) no site The Conversation, Gail Iles enfatizou que as missões espaciais são inerentemente arriscadas, com taxas de sucesso variáveis.
Enquanto as missões tripuladas tendem a ter índices de sucesso mais altos, as não tripuladas apresentam oscilação em seu êxito conforme a complexidade e os objetivos da missão.
Para Iles, a transição para uma verdadeira civilização espacial requer a superação de vários desafios. Entre eles estão a proteção contra radiação, o desenvolvimento de sistemas autossustentáveis, avanços na robótica e a capacidade de fabricar em ambientes de gravidade zero. “O progresso será feito passo a passo”, afirma Iles.
“Engenheiros e entusiastas do espaço continuarão a investir seu intelecto, tempo e energia em missões espaciais, e gradualmente elas se tornarão mais confiáveis”, enfatiza a Ph.D.
Tais observações ressaltam a complexidade das missões espaciais e a necessidade de contínuos avanços tecnológicos e científicos para aumentar as taxas de sucesso.
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