Por que a Meta perdeu um terço de seus especialistas em Inteligência Artificial?
Meta tem enfrentado dificuldades na corrida frenética do poder IA entre as maiores corporativas do mundo.
No ano passado, a Meta, empresa liderada por Mark Zuckerberg, enfrentou uma situação desafiadora com a perda de aproximadamente um terço de seus pesquisadores especializados em Inteligência Artificial (IA).
Apesar dos significativos investimentos na área, Zuckerberg e sua empresa têm enfrentado dificuldades em manter-se competitiva em relação aos concorrentes devido a demissões e à saída de pesquisadores.
Em um cenário em que a IA continua a evoluir rapidamente, a Meta busca estabelecer-se como líder no setor ao lado de empresas renomadas como a OpenAI.
No entanto, essa missão tem se mostrado desafiadora, pois diversos pesquisadores da Meta, que tiveram seus trabalhos em IA amplamente divulgados, deixaram a empresa no ano anterior devido ao esgotamento ou à falta de confiança, conforme revelado pelo “Wall Street Journal”.
As dificuldades envolvendo os pesquisadores
Em 2013, Zuckerberg contratou Yann LeCun, um respeitado especialista em IA que atua há muitos anos quando a área era meramente especulativa, para liderar os esforços da Meta no avanço dessa tecnologia.
Apesar disso, a empresa foi excluída da lista de convidados para a cúpula da Casa Branca sobre “empresas na vanguarda da inovação em IA”.
Atualmente, a Meta está empenhada em corrigir erros anteriores que desviaram o foco da IA generativa, apesar dos apelos dos funcionários para que a empresa adote uma nova direção.
Sob a liderança de LeCun, os pesquisadores de IA enfrentaram dificuldades para avançar com grandes modelos de linguagem, que são a base para programas como o ChatGPT.
Contudo, durante uma reunião com os funcionários em junho, Zuckerberg elogiou os avanços significativos da empresa em IA, reconhecendo o progresso qualitativo alcançado ao longo do último ano.
Além disso, a Meta enfrentou a saída de diversos pesquisadores em 2022, muitos deles alegando exaustão ou incertezas quanto ao futuro da empresa no campo da IA, de acordo com o “WSJ”.
A situação se agravou ainda mais quando a OpenAI lançou o ChatGPT, em novembro, acelerando a corrida pela inovação em IA e resultando na partida de um número ainda maior de funcionários.
Uma pesquisa interna realizada entre abril e maio revelou que apenas 26% dos funcionários da Meta que responderam à pesquisa sentiam-se confiantes na liderança da empresa. Até o momento, a Meta não fez nenhum comentário oficial.
No comunicado de resultados divulgado em fevereiro de 2023, Zuckerberg mencionou o “ano da eficiência”, ao mesmo tempo que a empresa tomou medidas drásticas, demitindo mais de 11.000 funcionários em novembro passado e continuando a encerrar projetos nos meses subsequentes, de modo a buscar maior eficiência operacional e redirecionando seus esforços na área de IA.
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