Por que ficamos felizes com o fracasso do outro, segundo a inteligência artificial
Schadenfreude revela como, secretamente, experimentamos prazer com a queda dos outros, principalmente nas redes sociais.
Apesar de nos considerarmos seres compassivos, há uma parte de nós que se deleita com a queda alheia. E isso é mais normal do que parece. Estudos psicológicos revelam essa tendência humana, chamada de schadenfreude.
A inteligência artificial (IA) oferece uma perspectiva intrigante sobre essa questão. Ao analisar interações humanas nas redes sociais, a inteligência artificial desvendou padrões que explicam por que nos sentimos assim.
Essa emoção, longe de ser uma novidade, tem raízes evolutivas profundas. Historicamente, o fracasso do outro significava uma oportunidade de ganho.
Hoje, competimos por validação social em plataformas digitais. Isso aumentou a frequência e a intensidade da schadenfreude, especialmente em relação a figuras públicas. Mas por que é tão difícil ignorar esses tropeços?
Schadenfreude e a evolução humana
As origens da alegria pelo fracasso alheio remontam a tempos em que a sobrevivência e o status dependiam da queda dos rivais. Esse comportamento ainda persiste. Atualmente, competimos por reconhecimento nas redes sociais, e isso mantém o prazer pelo fracasso vivo.
Com a capacidade de analisar grandes volumes de dados, a inteligência artificial revelou como os erros de pessoas influentes geram intensas reações. É como se instintivamente buscássemos amplificar a queda alheia.
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Teoria da comparação social
Leon Festinger, com sua teoria da comparação social, já sugeria que as pessoas se sentem melhor ao verem outros falharem. Os algoritmos confirmaram isso. Quanto mais celebridades caem, maior é a nossa satisfação.
- Erro de figuras públicas gera mais engajamento.
- Fracasso de celebridades atrai atenção.
Redes sociais: palco da schadenfreude
As plataformas digitais transformaram essa emoção em um espetáculo público. As redes sociais amplificam a schadenfreude porque interações negativas geram mais visibilidade. Os algoritmos favorecem conteúdos que provocam escárnio.
Entretanto, o impacto não é inofensivo. As vítimas de cyberbullying muitas vezes enfrentam consequências psicológicas graves. A inteligência artificial mostra como esse ciclo pode ser perigoso.
Portanto, reconhecer o prazer oculto que sentimos com o fracasso alheio pode nos ajudar a mitigar seus efeitos. Esse reconhecimento é fundamental para evitar alimentar um ciclo de humilhação coletiva. A empatia pode ser uma poderosa aliada.
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