Por que o pistache é tão caro? 4 curiosidades explicam isso

Descubra os segredos que fazem do pistache uma das sementes mais caras e apreciadas do mundo. Saiba sobre sua origem e valor nutricional.

Certamente, o pistache é um assunto que desperta curiosidade em muitos de nós, afinal, ele é conhecido como uma das sementes mais caras do mundo. Por que será, né? Com um preço que pode chegar a até R$ 250 o quilo no Brasil, esse petisco requintado esconde histórias e fatos interessantíssimos que vão muito além do seu custo elevado.

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Conheceremos os mistérios por trás do pistache, incluindo sua origem, características botânicas, valores nutricionais, e claro, uma espiadinha no seu mercado global e brasileiro. Prepare-se para entrar no mundo fascinante do pistache e descobrir o que faz dessa semente um item tão especial.

1. Origem do Pistache

O pistache (Pistacia vera) é originário das regiões montanhosas do oeste da Ásia, incluindo áreas do Irã e Afeganistão. A árvore faz parte da família Anacardiaceae, a mesma do caju e da manga. Seu cultivo é antigo, datando de milhares de anos, com registros indicando seu uso tanto para consumo quanto para fins medicinais.

2. Conheça as características do pistache

Foto: Anas Zuberi/Shutterstock
  • Altura da planta: as árvores de pistache podem atingir de 3 a 8 metros de altura em condições ideais, que leva em média de 7 a 10 anos para a produção alcançar o seu potencial;
  • Temperatura ideal: o pistacheiro requer verões longos e quentes, com temperaturas médias diárias acima de 30°C para uma boa frutificação. Invernos frios, com temperaturas abaixo de 7°C, são necessários para a quebra da dormência das gemas.
  • Solo e clima: prefere solos bem drenados, podendo tolerar solos salinos e áridos. Não tolera bem a umidade excessiva ou solos muito férteis.

3. Valores Nutricionais

  • Calorias: cerca de 557 kcal por 100 gramas.
  • Proteínas: aproximadamente 20g por 100 gramas.
  • Gorduras: em torno de 44g por 100 gramas, com uma boa proporção de gorduras mono e poli-insaturadas.
  • Fibras: cerca de 10g por 100 gramas.
  • Vitaminas e minerais: são ricos em vitaminas do complexo B, vitamina E, potássio, fósforo, magnésio, e ferro.

4. Produção Mundial

Ao mesmo tempo, é fascinante observar a expansão do cultivo do pistache, que só começou a ganhar terreno na década de 1990. De acordo com a FAO(sigla em inglês de Food and Agricultural Organization), a área de produção saltou de 385,6 mil hectares em 1994 para 1,2 milhão de hectares em 2022, ilustrando o crescimento impressionante da indústria global do pistache.

Então, essa expansão reflete não apenas o aumento da demanda, mas também o reconhecimento do valor nutricional e gastronômico do pistache.

1. Irã: principal produtor mundial, com produções que variam anualmente devido às condições climáticas. Foram colhidas 269,3 mil toneladas.
2. Estados Unidos: principalmente na Califórnia, onde as condições climáticas são ideais para o cultivo de pistache. Segundo maior produtor mundial, 199,4 mil toneladas.
3. Turquia: outro grande produtor, com foco tanto no mercado interno quanto na exportação. Terceiro maior produtor, 100 mil toneladas.

Outros países também tiveram números significativos de produção do pistache, a China com 51,5 mil toneladas e a Síria com 44,5 mil toneladas, segundo dados da FAO.

Pistache no mercado nacional

No Brasil, o cultivo de pistache ainda é incipiente, com a maior parte do consumo atendido por importações. O quilo de pistache pode custar até R$ 250, reflexo tanto dos custos de importação quanto da valorização da semente no mercado internacional. O crescente interesse por alimentos saudáveis tem impulsionado a demanda por pistaches no país, mas o cultivo local enfrenta desafios, como a adaptação ao clima e ao solo brasileiros.

Embora haja interesse em desenvolver o cultivo de pistache no Brasil, os altos custos iniciais e a necessidade de conhecimento técnico específico são barreiras importantes. A maior parte do pistache consumido no Brasil vem do Irã e dos Estados Unidos, os quais dominam o mercado global.

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