'Povo Avestruz'? Nativos africanos chama atenção devido aos seus pés; veja

Alguns membros da tribo Doma, em Kanyemba, norte do Zimbábue, têm uma mutação genética incomum: a ectrodactilia, conhecida como Síndrome da Garra de Lagosta. Isso fez com que eles ficassem apelidados jocosamente como “Povo Avestruz”.

O motivo? A mutação gera uma bebê com apenas dois dedos nos pés, apontados para dentro. A condição é autossômica dominante e resultante de uma única mutação no cromossomo 7.

Com isso, os membros inferiores se assemelham às patas dessa ave. Estima-se que a ectrodactilia esteja presente em uma em cada quatro crianças que nascem nessa tribo.

(Foto: Reprodução – YouTube, via Jornal Extra)

“Povo que se parecia com pássaros”

É assim que os membros da tribo Doma, também conhecidos como povo VaDoma, afirmam que eram seus ancestrais. Eles ainda contam que eles vieram das estrelas. Mais precisamente do sistema estelar de Sirius.

Primeiro, eles teriam estabelecido colônias em outro planeta dentro do Sistema Solar chamado Liitolafisi, segundo a cultura dos VaDoma. Depois, vieram para cá e misturaram seu DNA com as mulheres da região. Por isso, seus descendentes tinham “patas” de ave.

Controle

Para evitar que a mutação genética se manifeste em mais pessoas, a tribo criou uma lei que determina que casamentos só devem ocorrer entre seus membros.

Por isso, a ectrodactilia tem mais incidência entre os VaDoma do que qualquer outra população no mundo. Porém, a condição também já foi documentada em tribos vizinhas, como os Talaunda ou Talaote Kalanga.

Ectrodactilia não é vista como deficiência

Apesar de terem dificuldade para andar e correr, a comunidade não considera a mutação genética uma deficiência. Pelo contrário, ela é celebrada.

A tribo acredita que é uma vantagem, já que lhe permite subir em árvores mais facilmente — uma habilidade muito útil para seus integrantes. Com isso, eles podem caçar melhor, coletando peixes, mel, frutas e raízes.