Presença feminina na gestão da educação básica: oito em cada dez gestores são mulheres
Muitos aspectos justificam essa presença mais efetiva de mulheres em cargos de gestão da educação. Confira.
O Censo Escolar de 2022 mostrou que a maioria dos gestores de educação básica tem formação superior (90%). Além disso, o censo também mostrou que a gestão é feita, em sua maioria, por mulheres (80,7%). Com as informações, as estatísticas permitem avaliar se as metas do Plano Nacional de Educação (PNE) estão sendo cumpridas. Dentre elas, a meta 19, que prevê “a gestão democrática das escolas associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar”. Confira o artigo para saber mais.
O que explica a presença expressiva das mulheres nos cargos de gestão da educação?
Essa presença feminina na gestão educacional pode ser explicada por diversos fatores, como o maior número de mulheres formadas em áreas relacionadas à educação, a valorização do trabalho feminino em cargos de liderança e a possibilidade de conciliar a carreira com a vida familiar.
No entanto, apenas 11,4% das 162.847 pessoas em cargos de direção nas escolas da educação básica passaram por um processo seletivo qualificado antes de serem nomeadas pela gestão municipal.
Ministério da Educação quer atingir metas do PNE
Camilo Santana, atual ministro da Educação, disse que deseja apresentar uma política nacional para alcançar as metas do PNE.
“Faz parte de uma estratégia que alguns municípios e estados adotaram. São aspectos que precisam ser avaliados para que possamos construir uma política nacional, em regime de colaboração com os entes federados.”, analisou durante a coletiva de imprensa de apresentação dos dados do Censo Escolar.
Sobre a falta de formação adequada aos gestores, o diretor de Estatísticas Educacionais do Instituto, Carlos Eduardo Moreno disse que “trata-se de uma questão relevante que a pesquisa traz sobre essa figura, que é, de fato, muito importante no sentido de mobilizar todos os equipamentos e os recursos humanos em prol da qualidade, do desenvolvimento e das aprendizagens no ambiente escolar”.
Análise das matérias
A pesquisa analisou as seguintes matérias: língua estrangeira; ensino religioso; geografia; história; ciências; artes; matemática; língua portuguesa e educação física.
Do 1º ao 5º ano
Mais de 70% dos professores possuem licenciatura (ou bacharelado com complementação pedagógica) na mesma área em que dão aula. Já no caso dos educadores físicos, o percentual é de 83,3%.
Do 6º ao 9º ano
A proporção de professores com licenciatura é bem maior. Porém, no caso de três áreas em específico, esse percentual não chega na metade. São elas: ensino religioso (10,8%), língua estrangeira (43,6%) e artes (48,6%).
Ensino médio
Foram avaliados professores de sociologia, língua estrangeira, filosofia, física, artes, química, língua portuguesa, geografia, história, matemática, biologia e educação física. Aqui, o percentual de professores sem formação superior é menor em relação às outras séries.
Isso porque a maioria possui licenciatura, além de complementação pedagógica.
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