Presidente propõe expansão do Pé-de-Meia para atender mais estudantes
O programa já atende milhões de jovens em todo o país com o pagamento de uma espécie de poupança estudantil.
Lançado no final de 2023, o programa Pé-de-Meia contempla jovens estudantes de baixa renda com o pagamento de uma poupança estudantil.
Para fazer jus ao benefício, os jovens precisam cursar o ensino médio, estar inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).
As parcelas do Pé-de-Meia, bem como incentivos por conclusão, matrícula e participação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) totalizam mais de R$ 9 mil ao final dos três anos do ensino médio. O valor fica à disposição dos estudantes contemplados e pode ser utilizado como eles quiserem.
Pé-de-meia pode duplicar número de estudantes atendidos
Com o objetivo de melhorar mais tal iniciativa, o governo federal, que arquitetou o Pé-de-Meia por meio do Ministério da Educação (MEC), agora estuda criar uma versão estadual do programa.
Em fala recente, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse que vai conversar com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a possibilidade de converter as dívidas dos estados em pagamentos do Pé-de-Meia.
“Eu vou propor ao Haddad para que, na renegociação da dívida dos estados, uma forma do estado pagar o que deve, é fazer o Pé-de-Meia estadual para contemplar os estudantes que não foram contemplados pelo CadÚnico”, afirmou.
Pé-de-meia pode pagar até R$ 9 mil aos alunos que concluírem o ensino médio – Imagem: reprodução
Atualmente, mais de 4 milhões de estudantes já estão cadastrados no Pé-de-Meia. Se essa proposta for bem aceita pela equipe econômica do governo e viável aos governos estaduais, esse número pode até duplicar.
Nessa conjuntura hipotética, os estudantes cadastrados no CadÚnico continuariam recebendo o Pé-de-Meia “normal”, enquanto os demais receberiam um Pé-de-Meia estadual.
De qualquer forma, para se concretizar o plano presidencial ainda tem um longo caminho a percorrer. Além do ajuste fiscal necessário, uma proposta assim com certeza precisaria ser avaliada pelo Congresso Nacional.
Resta agora aos estudantes potencialmente contemplados com a mudança esperar pelas “cenas dos próximos capítulos”.
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