Produtos químicos plásticos encontrados em alimentos do McDonald's e BK nos EUA

Análise revela a presença generalizada de ftalatos e bisfenóis em alimentos do McDonald's e Burger King, levantando preocupações sobre riscos à saúde e necessidade de regulamentação.

A Consumer Reports, uma renomada associação de defesa do consumidor nos Estados Unidos, divulgou recentemente um estudo preocupante sobre a presença difundida de produtos químicos plásticos em alimentos comercializados no país.

O relatório revelou a presença de ftalatos, conhecidos como plastificantes, em 84 dos 85 alimentos testados, incluindo produtos de redes de fast-food de renome, como McDonald’s, Burger King e Wendy’s.

Os riscos dos ftalatos e bisfenóis na dieta norte-americana

O estudo alarmante destacou que os níveis desses plastificantes foram considerados elevados em muitos alimentos, incluindo hambúrgueres, nuggets e batatas fritas, ou mesmo em suas embalagens. Esses produtos químicos, usados para tornar o plástico mais durável, foram encontrados independentemente do tipo de embalagem ou do alimento específico.

Embora os níveis detectados não tenham ultrapassado os limites estabelecidos por agências reguladoras nos EUA e Europa, a presença desses elementos como ftalatos e bisfenol A (BPA) em alimentos levanta sérias preocupações devido aos potenciais riscos à saúde humana.

Imagem: McDonald’s Company/reprodução

Os ftalatos e bisfenóis são substâncias derivadas do plástico que, segundo a análise da Consumer Reports, podem interferir na produção e regulação de hormônios no corpo humano, como o estrogênio.

A exposição a esses produtos químicos está associada a vários problemas de saúde, incluindo defeitos congênitos, câncer, diabetes, infertilidade, parto prematuro, distúrbios neurológicos e obesidade.

O grande problema é que tais efeitos adversos normalmente se desenvolvem ao longo do tempo, podendo demorar décadas para se manifestar completamente. Além disso, mesmo em pequenas quantidades, a exposição constante a esses produtos químicos pode ter efeitos cumulativos nocivos à saúde humana.

O pediatra Philip Landrigan, diretor do Programa para a Saúde Pública Global e o Bem Comum do Boston College, comparou essa exposição crônica a uma ameaça mais insidiosa do que um desastre súbito, enfatizando que seus impactos são percebidos ao longo de muitos anos.

É fundamental que haja uma regulamentação mais rigorosa para monitorar e reduzir a presença desses produtos químicos em alimentos, não apenas nos Estados Unidos, mas também em nível global.

A conscientização sobre os riscos à saúde associados à presença de plastificantes em alimentos é crucial para promover mudanças nas práticas de produção e embalagem, visando a proteção da saúde pública.

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