Professora brasileira está entre os 50 melhores docentes do mundo
Docente há 14 anos na rede pública de ensino de São Paulo, Débora Garofalo é finalista do prêmio internacional Global Teacher Prize.
Docente há 14 anos na rede pública de ensino de São Paulo, Débora Garofalo é finalista do prêmio internacional Global Teacher Prize. Ela é bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), autarquia vinculada ao Ministério da Educação, e é a primeira brasileira entre os 50 melhores professores do mundo. Atualmente, a premiação alcança professores de 120 países e a cerimônia de entrega ocorrerá em Dubai, nos Emirados Árabes, no mês de março.
Para investigar as práticas de letramento na sala de aula de maneira convencional e na Web, com foco na pesquisa sobre quais aspectos o ambiente escolar forma alunos leitores, Débora busca no mestrado a mudança de um paradigma no ensino-aprendizagem de leitura.
A professora explica ser importante que os alunos, principalmente de educação básica, consigam ler e compreender os textos de forma autônoma. “O método predominante nas escolas é a prática monológica de leitura, algo que perdeu efetividade com a chegada dos avanços tecnológicos”, ressalta Débora.
No seu entendimento, é necessário considerar não apenas enunciados de textos e compreensões parciais, mas também os leitores, suas vozes e, sobretudo, que essa prática possa ser dialógica.
“Temos estimativas sobre a crise da aprendizagem pelo Banco Mundial com dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) que relatam estas dificuldades, além da falta de interesse e comprometimento com seus estudos. Por isso, é essencial rever as práticas e o fazer pedagógico em busca de um ambiente escolar significativo e envolvente”, afirma a professora.
Débora foi indicada ao prêmio pelo trabalho desenvolvido com os alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Almirante Ary Palmeiras, em São Paulo, onde – de forma interdisciplinar – trabalhou o incentivo à leitura (gêneros digitais e animações em stop motion).
No projeto, a professora também usou programação e robótica com sucata, ação que retirou mais de uma tonelada de lixo das ruas da cidade. Segundo Débora Garofalo, a inovação, criatividade, inventividade, pensamento crítico e científico foram explorados, com aumento das notas dos alunos e diminuição da evasão escolar.
Prêmio
O Global Teacher Prize é um prêmio anual promovido pela Fundação Varkey – instituição inglesa, com sede em Londres, dedicada a melhorar os padrões de educação para crianças carentes – que gratifica com US$ 1 milhão o trabalho do professor que contribuiu de forma relevante para a melhoria da educação. Com informações do Ministério da Educação.
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