Professores criam uma 'filial do IBGE' em sala de aula para ensinar estatística a alunos; veja

Conheça a história de um grupo de professores criativos que transformaram uma aula de matemática em uma interessante jornada estatística, despertando o interesse e a curiosidade dos alunos.

Em uma iniciativa inovadora, os professores do Instituto de Educação Paulo de Tarso, em Nova Iguaçu (RJ), encontraram uma maneira criativa de estimular a motivação e o interesse dos alunos do 9º ano pela matemática.

No projeto “Minicenso Escolar: Estatística e Sociedade”, os estudantes foram desafiados a refletir e debater sobre temas relevantes que envolvem a coleta de dados populacionais no Brasil.

Em cinco etapas distintas, os alunos foram incentivados a explorar diversas questões.

Roda de conversa e pesquisas promovem reflexão e investigação sobre dados do IBGE

Foto do projeto em andamento. (Imagem: reprodução)

A iniciativa proporcionou uma abordagem completamente interativa, envolvendo todos os estudantes e incentivando-os a tornarem públicas suas experiências pessoais relacionadas a todo o percurso do trabalho.

Na primeira etapa, os estudantes se reuniram em uma roda de conversa, na qual puderam debater e refletir sobre a relevância dos dados estatísticos em suas vidas diárias.

Os temas abordados foram variados e incluíram Religião, Cor/Raça, Pessoas por Domicílio, IMC (Índice de Massa Corporal), Idade e Área do Conhecimento.

Os alunos tiveram a oportunidade de compartilhar suas vivências e percepções, enriquecendo o debate e ampliando o conhecimento coletivo.

Em seguida, os participantes foram divididos em grupos para realizar pesquisas baseadas nos dados coletados pelo renomado Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esse tipo de trabalho com os alunos garantiu uma experiência completamente diferenciada, possibilitando a abordagem de conceitos mais investigativos e incentivando os estudantes a buscar fontes confiáveis e relevantes para embasar seus argumentos.

Cada grupo teve autonomia para escolher os temas que seriam pesquisados, levando em consideração as preferências e interesses individuais.

Processo de trabalho com os alunos

Após a separação dos grupos, surgiu a ideia de utilizar o Google Forms para a coleta. No entanto, eles optaram pelo método tradicional, utilizando o Excel, para que pudessem ter a experiência de analisar e detalhar as estatísticas, além de utilizar a ferramenta gráfica.

Os formulários com as opções foram personalizados por cada grupo. De acordo com um dos professores, ele apenas organizou um modelo para impressão, além de trazer orientações e fazer os ajustes necessários.

O desenvolvimento da coleta de dados foi uma fase indispensável para assegurar que os alunos tivessem um plano bem estabelecido e eficaz, visando obter o máximo de informações. Justamente por isso, cada grupo elaborou seu próprio plano de ação.

Nessas realizações, foram pautados os temas de interesse e os métodos de pesquisa. Essa atividade acabou estimulando não só a organização, mas também a autonomia dos estudantes.

Isso ocorreu porque foram incentivados a pensar estrategicamente sobre como coletar dados relevantes de maneira ética e precisa.

Estudantes coletam dados junto à comunidade

Com um planejamento cuidadosamente definido, os estudantes aplicaram formulários não apenas entre suas próprias turmas, mas também entre outros colegas e membros da comunidade escolar.

Essa experiência enriquecedora permitiu que os alunos obtivessem informações diretamente de seus colegas e da comunidade local, aproximando-os da realidade social em que estão inseridos. Ao todo, foram realizadas impressionantes 115 entrevistas, evidenciando o comprometimento e a dedicação dos estudantes.

Após a fase de coleta de dados, os grupos dedicaram-se à tabulação das informações e à construção de gráficos para conseguirem mensurar os resultados.

Essa etapa foi essencial para que os alunos pudessem aplicar os conceitos estatísticos aprendidos em sala de aula e colocá-los em prática de forma concreta.

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