Qual é o destino de um satélite depois que ele para de funcionar?
Essa questão envolve a geração de lixo espacial, que é um grande problema da modernidade.
Como é de conhecimento geral, satélites são dispositivos tecnológicos lançados ao espaço para orbitar a Terra e desempenhar funções essenciais em diversas áreas, como comunicação, geolocalização, monitoramento ambiental e previsões meteorológicas.
Atualmente, existe um verdadeiro “anel de satélites” ao redor do nosso planeta, composto por milhares de equipamentos que variam de tamanho, desde pequenos como um celular até gigantescos, do tamanho de um prédio de 30 andares.
Esses satélites são fundamentais para o funcionamento de tecnologias que utilizamos diariamente, mas, assim como qualquer equipamento, eles possuem uma vida útil limitada.
Imagem: reprodução
O que acontece com os satélites que são “aposentados”?
O tempo de vida útil dos satélites varia conforme sua função e localização em órbita, mas, em média, um satélite pode funcionar por 5 a 15 anos. Quando começam a dar sinais de falha, como perda de comunicação ou desvio de trajetória, a agência espacial ou empresa responsável precisa decidir o que fazer com eles.
A decisão sobre o destino de um satélite aposentado depende da sua posição em órbita. Satélites mais próximos da superfície terrestre (órbitas baixas) têm uma vida útil mais curta devido ao maior atrito com a atmosfera. Já aqueles em órbitas mais altas, como os geoestacionários, podem operar por mais tempo.
Quando chega a hora da aposentadoria, há várias opções. Uma delas é simplesmente deixar o satélite desativado em órbita. Porém, essa prática aumenta o problema do lixo espacial, que consiste em detritos orbitais que representam risco de colisões.
Alternativamente, existem iniciativas para remover satélites de órbita, apesar dos altos custos envolvidos. Empresas como a japonesa Astroscale, a suíça ClearSpace, e as americanas LeoLabs e Lockheed Martin estão focadas em desenvolver tecnologias para esse fim.
Outra solução é programar a reentrada do satélite na atmosfera terrestre, onde ele será queimado naturalmente. Por fim, satélites podem ser enviados para uma “órbita cemitério”, uma região segura onde não representam risco de colisão com outros objetos em órbita.
Qual é a melhor forma de descartar um satélite desativado?
Embora ainda não exista uma regulamentação global sobre o descarte de satélites, algumas ideias têm sido propostas nos últimos anos. Uma delas é programar os satélites para descerem até uma órbita mais baixa ao serem desativados, facilitando sua coleta por espaçonaves.
Outra proposta a médio e longo prazo é a redução do tamanho dos novos satélites, minimizando o volume de lixo espacial gerado ao fim de suas vidas úteis.
Essas abordagens mostram um esforço crescente para lidar com o lixo espacial de maneira responsável, garantindo a sustentabilidade das operações espaciais futuras e a segurança das tecnologias que dependem dos satélites.
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