Quanto ganha um professor? Diferença para outras profissões é IMPACTANTE; veja comparação

Estudo revela que professores no Brasil recebem menos que a média das profissões com ensino superior.

No Brasil, a disparidade salarial entre professores e outras profissões com nível superior gera preocupações sobre a valorização da educação. O Anuário Brasileiro da Educação Básica 2024, divulgado pelo Todos pela Educação em 13 de setembro, aponta que os docentes recebem 14% abaixo da média.

Em 2023, o salário médio dos docentes foi de R$ 4.943, enquanto outras profissões com formação superior alcançaram R$ 5.747.

A valorização dos professores é crucial, especialmente considerando que mais de 80% dos estudantes brasileiros estão em escolas públicas, atendidos por 1,8 milhão de educadores. Ao atrair profissionais qualificados para esta carreira, espera-se melhorar a qualidade educacional no país.

Rotatividade, instabilidade e dificuldades relacionadas à infraestrutura das escolas, além dos baixos salários, são alguns dos problemas que os professores enfrentam – Imagem: reprodução

Comparação com outras carreiras

Professores no Brasil enfrentam uma diferença significativa de remuneração em relação a advogados, médicos e engenheiros, cujos salários ultrapassam R$ 10 mil. Além disso, esses profissionais ganham quase o mesmo que psicólogos e enfermeiros.

Os dados foram compilados a partir da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em países como Cingapura, por exemplo, reformas salariais equipararam os salários de professores aos de outras profissões renomadas. Tal estratégia visa atrair talentos para a docência.

No Brasil, o Plano Nacional de Educação (PNE) tentou alcançar essa meta, mas isso ainda não foi concretizado.

Contratos temporários e seus impactos

Em 2023, 51,6% dos professores nas redes estaduais brasileiras estavam sob contratos temporários, o que reverte a situação de 2013, quando 68% eram concursados.

Essa instabilidade afeta a continuidade do aprendizado, pois os professores mudam frequentemente de escola, o que prejudica o vínculo com os alunos e, por consequência, o ensino.

A presença de contratos temporários pretende cobrir licenças e faltas, mas é considerada preocupante por especialistas do Todos pela Educação.

Investindo na formação e remuneração docente

Camilo Santana, ministro da Educação, anunciou planos para implementar medidas de apoio aos professores, o que inclui uma prova única de seleção e bolsas para estudantes de licenciaturas.

Apesar de o piso salarial nacional ser de R$ 4.580 para os docentes, muitas redes ainda não o cumprem integralmente.

Estudos da Fundação Getúlio Vargas (FGV) indicam que o desempenho dos professores é crucial para o sucesso dos alunos, porque responde por quase 60% dos resultados na educação fundamental.

Assim, investir na formação e valorização dos docentes é um passo essencial para melhorar a educação no Brasil.

* Com informações do jornal Estadão.

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