Quanto ganha um surfista profissional?
Remuneração pode chegar a cifras milionárias. Dados do Ibope Repucom apontam que o esporte está em ascensão no país.
O surfe é um esporte que vem ganhando cada vez mais adeptos no Brasil. De acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Surf (Ibrasurfe), a prática movimenta cifras bilionárias, algo em torno de R$ 7 bilhões ao ano. O montante compreende gastos com acessórios, roupas e pranchas.
A quantia significativa mostra que o esporte está cada vez mais em evidência. Dados do Ibope Repucom de 2019 apontam que o país conta com mais de 54 milhões de pessoas acima dos 18 anos interessadas em seguir o estilo de vida do surfe. Já os fãs da prática chegam a 25 milhões.
Uma das razões para o sucesso da modalidade tem a ver com o custo relativamente baixo para a prática, o histórico de bons atletas, além das altas chances de profissionalização da carreira.
Atualmente, o esporte possui ao menos quatro grandes atletas do esporte, com alguns nomes bastante conhecidos do público brasileiros, como Gabriel Medina, Ítalo Ferreira e Filipe Toledo.
Quanto ganha um surfista profissional?
O surfe é um esporte que movimenta bastante dinheiro, sobretudo quando há o patrocínio de grandes marcas. O salário de um surfista profissional, por exemplo, pode atingir cifras milionárias. Quando somado a prêmios e publicidade, a remuneração pode triplicar de valor.
Para se ter uma ideia, dados da revista Stab mostraram que Gabriel Medina tinha um salário anual de US$ 3,05 milhões em 2018. No mesmo ano, o surfista conquistou o valor de US$ 473 mil em prêmios. Por esses motivos, o atleta obteve o segundo lugar no ranking de surfistas mais bem pagos do mundo.
Filipe Toledo foi outro brasileiro que ocupou um lugar no ranking da revista, desta vez a quinta posição. O atleta teve salário anual de US$ 2,1 milhões e ainda levou US$ 388 mil em premiações.
Vale destacar que a cada etapa vencida em torneios, o atleta pode embolsar quantias significativas. Na World Surf League (WSL), por exemplo, Medina e Ítalo recebe mais de US$ 70 mil a cada etapa vencida, como apresentam os dados da atual temporada. A quantia é o equivalente a quase R$ 365 mil.
Apesar dos números representativos, assim como em outros esportes, o surfe também sofre com a disparidade de gênero, em que as mulheres recebem cifras menos significativas em comparação aos homens.
“Ainda falta bastante para chegarmos no lugar ideal, porque o surfe feminino no Brasil ainda tem pouco incentivo e estrutura. Comparando com Austrália e EUA, ainda estamos muito atrás. Vai ser interessante ver o surfe nas Olimpíadas, acho que vai popularizar o esporte ainda mais. Espero que tenhamos mais investimento nos atletas, principalmente de base, amadores”, comenta a surfista Maya Gabeira em entrevista à Vogue.
No entanto, a expectativa é de que, com o sucesso dos surfistas brasileiros nas Olimpíadas de Tóquio, outros atletas tenham cada vez mais reconhecimento no mercado.
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