Quase morreram de trabalhar! 3 casos ALARMANTES de CEOs brasileiros que tiveram burnout
De acordo com especialistas, casos como esses são o retrato claro e vívido de uma rotina sem espaço para nada além do trabalho.
A vida de um CEO é marcada por agendas lotadas, uma avalanche de demandas e a constante busca por liderar equipes bem-sucedidas.
Esse estilo de vida frenético e cheio de responsabilidades pode levar a um dilema preocupante: a falta de tempo e espaço para o cuidado com a saúde mental e física. Sem esses dois pilares, ninguém consegue ser realmente produtivo.
À medida que a pressão aumenta, o equilíbrio entre a carreira e o bem-estar pessoal pode ficar comprometido, apresentando desafios significativos para os líderes empresariais.
Desde 2021, o burnout foi oficialmente reconhecido como uma doença ocupacional, caracterizado pelo esgotamento mental e físico relacionado ao trabalho.
Tal síndrome afeta um número significativo de trabalhadores em todo o mundo, e o Brasil não é exceção.
De acordo com um levantamento realizado pela International Stress Management Association (ISMA) em 2022, o Brasil é classificado como o segundo país com o maior número de casos de burnout em todo o mundo.
Relatos de CEOs que enfrentaram uma pressão extrema
Deborah Wright
A trajetória de sucesso profissional muitas vezes exige um preço alto, e essa realidade se tornou evidente na vida da conselheira Deborah Wright.
Com 53 anos e uma carreira que incluiu cargos de alto escalão em empresas como Kibon, Parmalat e Tintas Coral, ela experimentou um episódio extremamente perturbador em 2010.
O evento envolveu sintomas dissociativos, distúrbios no sono e perda de consciência, levando-a a procurar ajuda médica com urgência.
A experiência dramática foi um claro sinal de que um burnout estava à espreita, e o caminho para a recuperação não foi fácil, exigindo dez dias de tratamento medicamentoso para restaurar seu equilíbrio emocional e comportamental.
Após sua recuperação, Deborah continuou trabalhando no mesmo cargo por mais 30 dias. No entanto, diante da crescente preocupação com sua saúde física e mental, a família a incentivou a tomar a difícil decisão de renunciar ao cargo.
Atualmente, ela desempenha o papel de conselheira no banco Santander, buscando um equilíbrio entre sua carreira e o bem-estar pessoal.
Laércio Albuquerque
Em 2020, quando ocupava o cargo de presidente da empresa de tecnologia Cisco no Brasil, Laércio Albuquerque não percebia que seu foco na vida profissional estava se tornando um problema.
Seu corpo já enviava sinais, mas ele inicialmente não lhes dava importância. A qualidade de sono diminuiu consideravelmente, e ele começou a experimentar palpitações fortes e aceleradas, falta de ar e tontura.
Laércio estava enfrentando um quadro de arritmia, mas relutava em ficar no hospital, pois não queria cancelar os compromissos que enchiam sua agenda.
Levou algum tempo para que ele reconhecesse que precisava desacelerar e cuidar da saúde. Esse episódio ressalta como a pressão constante no trabalho pode ter sérias consequências na saúde física e mental dos executivos.
Cláudio Hermolin
Cláudio Hermolin, então CEO da Brasil Brokers, uma das maiores imobiliárias do país, começou seu dia de trabalho como de costume. Mas algo inesperado aconteceu e abalou profundamente sua vida.
Ele começou a sentir calafrios, formigamento, visão turva e desenvolveu uma série de fobias, como medo de entrar em um elevador e de dirigir seu carro.
Além disso, passou a temer pela própria vida. Após semanas de sofrimento, o diagnóstico finalmente veio: síndrome de burnout.
Ele optou por renunciar ao cargo de CEO da Brasil Brokers e, atualmente, tem a função de presidente da Primaz, uma empresa no setor de estruturação de financiamentos imobiliários.
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