Rachadura tectônica está ‘partindo a África ao meio’ bem lentamente; entenda
Como resultado disso, a Terra pode ganhar uma configuração continental totalmente diferente da que temos agora.
No início dos anos 2000, um esforço conjunto de cientistas de todo o mundo detectou o que ficou conhecido como Sistema da Fenda da África Oriental (EARS, na sigla em inglês).
Essa fenda é, basicamente, uma rachadura colossal que vem das profundezas da terra e está dividindo as placas somaliana e nubiana, que unidas formam o lado oriental da África.
De 2018 para cá, novos estudos acerca do fenômeno estão surgindo e alarmando para o fato de que a rachadura está aumentando e se aprofundando.
Para se ter uma ideia, já foram observadas provas disso em países como Quênia, Etiópia, Congo, Uganda, Ruanda, Burundi, Zâmbia, Tanzânia, Malauí e Moçambique, que estão localizados ao longo da rachadura.
Segundo cientistas, o movimento da fenda levará à inevitável separação da África em duas partes, o que resultará no surgimento de um novo oceano.
(Imagem: USGS/reprodução)
Há algum risco para a humanidade?
De acordo com informações do IFLScience, o processo de separação do continente africano causado pela EARS já vem de mais de 25 milhões de anos atrás e só deve se concretizar em, no mínimo, cinco milhões de anos. Ou seja, provavelmente não estaremos mais aqui quando isso acontecer.
De qualquer forma, o cenário levará a África Ocidental a se desprender sobre o Oceano Atlântico, enquanto a região conhecida como “chifre da África” tornar-se-á um novo continente, possivelmente ainda ligado ao Oriente Médio ou, em outra hipótese uma imensa ilha que ficará solta no Oceano Índico ao lado de Madagascar.
Um processo semelhante aconteceu há milhões de anos atrás, quando uma imensa massa de terra se partiu em duas, dando origem à América do Sul e à África.
Comentários estão fechados.