Ratos podem brincar e sentir cócegas; e isso diz muito sobre os humanos
Novos estudos desvendaram que ratos são capazes de brincar, se divertir, rir e até sentir cócegas. Para saber mais sobre, continue a leitura!
Novos estudos garantem que ratos são capazes de brincar e receber cócegas. Ao identificar isso, pesquisadores buscaram entender a estrutura cerebral que controla o riso nos animais.
Surpreendentemente, os ratos continuaram rindo e brincando mesmo quando seu córtex cerebral, responsável pela consciência e comportamentos complexos, foi desativado.
Esse resultado dá a entender que o riso nesses animais é instintivo, assim como o medo. Uma das teorias levantadas é que a “substância cinzenta periaquedutal”, associada a respostas de luta e fuga, pode estar envolvida.
Ao brincar com os roedores e fazer cócegas em suas costas e barrigas, pesquisadores observaram vibrações de alegria e risadas, e uma região específica dessa substância cerebral foi ativada durante tais momentos.
Saiba mais sobre os experimentos com os ratos
Para comprovar tal relação, cientistas decidiram bloquear quimicamente o funcionamento dos neurônios nessa região cerebral, resultando na interrupção dos guinchos e na perda do interesse pelas cócegas. Essas informações foram publicadas em um estudo no último dia 28 de julho, na revista Neuron.
O Dr. Michael Brecht, professor de neurobiologia da Universidade de Humboldt, em Berlim, garantiu que o estudo se baseou na falta de entendimento do ato de brincar e fazer cócegas — sobretudo quando o assunto são as reações cerebrais.
(Imagem: divulgação)
Brecht deixou claro, ainda, que a “substância cinzenta periaquedutal” está envolvida, mas não é a única peça do conjunto que permite que os ratos brinquem e riam.
A ideia, para pesquisas futuras, é entender melhor essa relação entre tal substância e a reação dos roedores.
Repercussão do estudo
Noutra pesquisadora, a Dra. Alexa Veenema, da Universidade de Michigan State, declarou que o estudo trouxe informações bastante inteligentes e úteis, concordando com o pesquisador Brecht.
Isso porque, na conclusão, declarou-se que as cócegas e as brincadeiras utilizam-se dos mesmos “circuitos cerebrais”.
A ideia central do estudo, que era traçar um comparativo entre relações sociais e o riso, pode ser levantada em um paralelo da diversão e brincadeiras com crianças — a falta desse estímulo pode afetar interações sociais.
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