Cápsulas de café descartadas viram matéria-prima para impressora 3D
Um método de descarte alternativo para um resíduo altamente problemático.
O acúmulo de lixo não reciclável é um grave problema econômico e socioambiental por todo o planeta Terra. Dessa forma, é necessário implementar soluções criativas para auxiliar na preservação do meio ambiente, evitando o acúmulo excessivo de resíduos.
A descoberta por cientistas de um método para reciclar cápsulas de café em matéria-prima para impressoras 3D foi um enorme avanço. Atualmente, há um intenso descarte dessas cápsulas no ambiente, sem nenhuma forma viável de reciclagem para outras matérias-primas.
O futuro do processo de reciclagem
Confira mais sobre essa descoberta agora:
Um grave problema ambiental
O crescente aumento no consumo de cápsula de café tem preocupado ambientalistas por se tratar, até o momento, de um produto com baixa taxa de reciclagem. Isso ocorre devido à sua natureza descartável e à sua composição de alumínio e plástico, que leva um longo período para se degradar, resultando no acúmulo desses materiais em aterros sanitários.
Porém, essa realidade pode mudar com a recém-descoberta realizada por pesquisadores da UFSCar, que podem transformar as cápsulas em filamentos para impressão 3D. Isso cria uma alternativa para o problema da reciclagem de resíduos, incentivando a economia a circular no processo de reaproveitamento dos resíduos de uma indústria à outra.
O método de produção
A possibilidade de utilizar cápsulas de café como matéria-prima para a produção de filamentos se deve à presença de Polímeros de Ácido Polilático (PLA) em sua composição. Os filamentos podem ser divididos em dois tipos: condutores e não condutores. Eles têm várias aplicações, incluindo a fabricação de peças condutoras para máquinas e sensores.
Dessa forma, o método de produção varia a depender do tipo de fita produzida. As não condutoras são as mais simples, requerendo apenas lavagem e secagem das cápsulas seguidas de um processo de tratamento térmico de alta temperatura (extrusão).
Já para os materiais condutores, além da lavagem e da secagem de material, antes do tratamento térmico, ocorre a agregação do negro de carbono. Esse composto é produzido a partir da combustão incompleta do carvão, e então o processo segue com a extrusão e o molde do material em filamentos.
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