Redes sociais terão 72h para mostrar ao MJ novo plano contra violência

Ministério da Justiça informou que as redes sociais precisam traçar um plano para combater atos violentos sobre as instituições educacionais.

Flávio Dino, ministro da Justiça, assinou uma nova portaria que obrigou as redes sociais a retirarem do ar qualquer tipo de conteúdo que faça apologia à violência nas escolas. Esse pedido foi solicitado e indicado por autoridades e especialistas sobre o assunto, informando que as redes sociais têm parte nessa espetacularização.

Os diversos ataques e rumores de ataques que aconteceram nos últimos dias tomaram maior proporção na internet. Além de retirar vídeos, fotos e qualquer outra incitação à violência escolar, as plataformas sociais precisam moderar qualquer tipo de assunto sobre as ameaças e os riscos que estão comprometendo a rede educacional.

O Ministério da Justiça diz que redes sociais não são neutras

Com isso, foi dado o prazo de até 72h para que as redes sociais expliquem ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) sobre as novas medidas que adotaram para inibir qualquer tipo de conteúdo abordado sobre a violência nas instituições educacionais. O prazo, portanto, começou na última quinta-feira, 13.

Ao dar entrevista após publicar a portaria, Flávio Dino indica que as redes sociais não têm um papel de neutralidade frente a essas questões. Para o ministro, o algoritmo trabalha sugerindo publicações sobre o assunto, indicando contas, e isso também entra no plano para ser regularizado.

“O que a portaria afirma é que são responsáveis politicamente, socialmente e juridicamente. Porque essas empresas são prestadoras de serviços, eles selecionam conteúdo que nós visualizamos, eles impulsionam conteúdos, eles influenciam, portanto, no conteúdo que circula na internet”, afirmou o ministro.

As redes sociais precisam informar à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão do Ministério da Justiça, sobre novas regras para as recomendações do algoritmo. Em caso de descumprimento a essa regra, as empresas poderão ser multadas e até mesmo poderão ser suspensas das redes sociais.

Para Flávio Dino, as redes sociais podem usar o próprio filtro para tirar do ar qualquer publicação que incite a violência, embora o Ministério Público tenha o aval para indicar qualquer tipo de exclusão de publicação, mesmo que tenha passado pelo filtro do algoritmo.

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