Redução nas compras de carros mexe na economia do Brasil
A cada dia que passa, os preços vão subindo e menos pessoas podem adquirir um carro.
Para aqueles que querem comprar um automóvel novo no Brasil nos dias atuais, não é preciso só ter bastante dinheiro, mas também paciência. No entanto, ainda são cada vez menos as pessoas que podem se dar a tal luxo. Hoje em dia, o modelo mais barato custa cerca de R$ 70 mil, e as listas de espera são de alguns meses. Confira mais sobre a economia no Brasil se ninguém mais comprar carros.
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O brasileiro paga caro!
Um exemplo de como são incrivelmente altos os preços que os brasileiros têm que pagar é fazendo a seguinte comparação: atualmente, na Alemanha, se compra um veículo novo pelo equivalente a 44 mil reais, em média, enquanto aqui o valor beira os 70 mil reais.
Ao considerar o salário médio nos dois países, a disparidade se torna ainda mais absurda. Para comprar o carro mais barato, um brasileiro precisa trabalhar cinco anos, enquanto um alemão precisa apenas de cinco meses.
Outro agravante é que muitas pessoas em várias partes do país dependem inteiramente do automóvel, pois o transporte público (ônibus, trem ou metrô) não consegue atender a demanda da população. Ao contrário do que acontece na Alemanha, onde os passageiros podem chegar a qualquer local de transporte público e de qualidade.
Brasil precisa utilizar suas vantagens
Após anos de aumento da renda per capita, o mercado automobilístico brasileiro tornou-se menos atraente para as montadoras, que agora se limitam a oferecer modelos com maiores margens de lucro na categoria de preço médio. Assim, há anos que a lista de acessórios incluídos diminuiu.
Entre os motivos para o pouco engajamento das montadoras estão as condições básicas desfavoráveis, como:
- A falta de semicondutores da Ásia e a desvalorização do real deixam as importações mais caras;
- A pandemia bagunçou as cadeias de valor;
- O corte dos atrativos fiscais para a indústria automobilística decretado pelo governo Bolsonaro.
Esses foram fatores significativos que contribuíram bastante para o declínio da importância do Brasil como local de fabricação em uma escala global.
No entanto, o que mais se questiona agora é se o Brasil conseguirá acompanhar a revolução da indústria automotiva em áreas como eletromobilidade, carros autônomos e motores com emissão zero.
Com a experiência do etanol, o potencial acesso a combustíveis verdes e a presença de 27 fabricantes em seu território, o Brasil tem vantagens globais como local de fabricação. Assim, precisa saber utilizá-las.
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