Novo Ensino Médio: Governo estuda revisar a reforma

Promessa de campanha de Governo Lula passa a ser pressionada por parlamentares; Lula fala em rever falhas do novo modelo

A reforma do novo ensino médio foi aprovada em 2017, durante o governo do ex-presidente Michel Temer. O objetivo da Reforma era tornar o currículo do ensino médio mais completo, de forma que preparasse o estudante para o mercado e ainda fosse mais atrativo. Essa necessidade surge diante de um cenário de grande abandono por parte de muitos estudantes e, diante disso, o governo Lula estuda revisar as falhas presentes no novo modelo, mas descarta a opção de revogar a reforma.

Governo Lula quer fazer mudanças no Ensino Médio

O novo Governo tem sido cobrado para que faça mudanças no modelo atual do ensino médio. Em nota, membros ligados ao governo já descartaram a possibilidade de revogar o plano atual, mas estudam adaptações do sistema, que é duramente criticado por especialistas. Diversos políticos e membros da esquerda se pronunciaram contra as mudanças do ensino médio e cobram frequentemente que seja revisto.

Pressão sobre o Ministro da Educação

Em suas redes sociais, Camilo Santana, ministro da Educação, diz receber solicitações diárias de reavaliação do sistema atual do ensino médio. O ministro diz concordar que há falhas no modelo e revela que o MEC estuda possíveis mudanças no futuro.

Novo modelo do ensino médio

O ensino médio atual, aprovado durante o governo Temer, em 2017, veio para ampliar o currículo escolar com conhecimentos de outras áreas. Agora, o currículo possui disciplinas optativas, em que cada aluno escolhe por uma área de interesse, com cinco opções: Matemáticas e suas Tecnologias, Linguagens e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e ensino técnico profissionalizante.

O novo modelo, apesar de ter sido aprovado em 2017, só começou a ser aplicado nas escolas em 2022. Com sua chegada, surgiram diversos entraves, principalmente relacionados com a dificuldade para se atender a todas as áreas de ensino estipuladas na reforma em escolas sem estrutura para fornecer o conhecimento.

Uma crítica de diversos especialistas é que matérias do cunho de ciências humanas, como sociologia e filosofia, perderam cada vez mais seu espaço e deixaram de ser procuradas. Há ainda a questão da falta de capacitação de professores nas áreas e aumento da desigualdade, principalmente no ensino público.

MEC durante governo Bolsonaro

No governo Bolsonaro, o MEC não traçou medidas de organização ou adequação das escolas para atender ao novo sistema. Houve falta de ações de coordenação, de apoio técnico e financeiro e da capacitação de profissionais. Além disso, há a disparidade para cada estado da federação, uma vez que o itinerário de disciplinas é responsabilidade do governo estadual.

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