Regência Verbal
A regência é um importante conceito estudado pela sintaxe da língua portuguesa. Ela pode ser de dois tipos: verbal, nominal e, em uma mistura das duas.
A regência é um importante conceito estudado pela sintaxe da língua portuguesa. Ela pode ser de dois tipos: verbal, nominal e, em uma mistura das duas, verbo-nominal. Saber a regência correta de nomes e verbos é indispensável para quem quer escrever de acordo com as regras de nosso idioma. Quer saber mais? Confira a explicação que o Escola Educação traz agora para você.
A regência recebe esse nome porque chamamos de termo regido a palavra que depende de outra para obter sentido completo e de termo regente a palavra a que se subordina ao termo regido. Enquanto a regência nominal estuda a relação entre os nomes (substantivos, adjetivos e advérbios) e seus complementos, a regência verbal ocupa-se do estudo da relação entre os verbos e seus complementos, que serão chamados de objetos (diretos e indiretos).
A regência verbal, ao contrário da regência nominal, não possui uma lista que preestabeleça a relação entre nomes e preposições, demandando, portanto, maior análise. É preciso conhecer a transitividade dos verbos para não cometer nenhum tipo de deslize gramatical. Apesar de parecer complicado, você vai perceber, por meio de nossos exemplos, que não é tão difícil assim, basta ficar atento. Boa leitura e bons estudos!
Verbos intransitivos
Os verbos intransitivos são assim chamados por dispensarem complementos. Isso acontece porque os verbos intransitivos fazem sentido por si só, abrindo mão, portanto, de objetos diretos ou indiretos. Na maioria das vezes, esses verbos são acompanhados por adjuntos adverbiais, que serão responsáveis por informações adicionais. Eles não são considerados objetos, certo?
O adjunto adverbial é classificado como termo acessório da oração, e tem como função modificar um verbo, um adjetivo ou advérbio. Eles podem indicar circunstância (tempo, lugar, modo, intensidade etc.) e, quando retirados das orações, não haverá nenhum tipo de alteração da estrutura sintática. Observe:
Choveu muito ontem.
Choveu: verbo impessoal (intransitivo)
Muito: adjunto adverbial de intensidade
Ontem: adjunto adverbial de tempo.
Chegaram no trem das onze horas.
Chegaram: verbo intransitivo
No trem das onze horas: adjunto adverbial de meio e de tempo.
Verbos transitivos diretos
São chamamos de verbos transitivos aqueles que precisam de um complemento, uma vez que não possuem sentido quando sozinhos. Eles podem ser transitivos diretos e indiretos. Os transitivos diretos são acompanhados por objetos diretos e não exigem preposição. Veja os exemplos:
Quero pizza!
Quero: verbo transitivo direto
Pizza: objeto direto
Amo aquela moça.
Amo: verbo transitivo direto
Aquela moça: objeto direto
O reconhecimento dos verbos transitivos diretos poderá ser feito a partir de algumas perguntas direcionadas aos verbos: quero o quê/quero quem? Amo o quê/amo quem? As respostas serão os objetos diretos.
Verbos transitivos indiretos
Os verbos transitivos indiretos são complementados por objetos indiretos, isto é, exigem uma preposição para o estabelecimento da relação de regência. Veja:
Precisam: verbo transitivo indireto
De nossa ajuda: objeto indireto
Respondi: verbo transitivo indireto
Às questões da prova: objeto indireto
Com facilidade: adjunto adverbial de modo
Assim como nos verbos transitivos diretos, você também poderá fazer perguntas para o verbo para identificar os objetos indiretos: gostaram de quê/gostaram de quem? Respondeu a quê/respondeu a quem? Observe que, ao fazer a pergunta com o uso de uma preposição, o objeto responderá também com uma preposição: gostamos da prova/ respondi às questões.
Verbos transitivos diretos e indiretos
Chamamos de verbos transitivos diretos e indiretos aqueles que são acompanhados de um objeto direto e um objeto indireto. Observe:
Dei: verbo transitivo direto e indireto. (quem dá, dá alguma coisa a alguém)
Uma rosa de presente: objeto direto
À minha namorada: objeto indireto
Entreguei: verbo transitivo direto e indireto
A flor: objeto direto
À professora: objeto indireto
Luana Alves
Graduada em Letras
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