Relatório chocante revela que smart TVs podem ser um perigo digital

Relatório destaca riscos de privacidade em smart TVs e práticas invasivas de rastreamento e publicidade direcionada em serviços de streaming.

Na era do streaming, as televisões inteligentes e dispositivos conectados tornaram-se ferramentas poderosas para a coleta de dados, transformando-se em verdadeiros “cavalos de Troia digitais” nas residências. Um recente relatório do Centro para Democracia Digital (CDD) destaca as preocupações com a privacidade dos usuários de Smart TV.

Intitulado “Como a TV nos observa: Vigilância Comercial na Era do Streaming”, o estudo de 48 páginas revela práticas de monitoramento que comprometem a proteção dos consumidores. Técnicas de rastreamento são utilizadas para beneficiar anunciantes, gerando um cenário alarmante para a privacidade.

Jeffrey Chester, coautor do estudo e diretor do CDD, alerta sobre o sistema de vigilância encoberto por grandes empresas do setor. A utilização sem precedentes de dados pessoais tem transformado as CTVs em um “pesadelo de privacidade”, levantando sérias preocupações.

Impacto da IA e publicidade direcionada em smart TVs

Relatório revela riscos de privacidade em Smart TVs e dispositivos de streaming
Smart TVs e serviços de streaming podem esconder riscos. Imagem: Pixabay

O relatório destaca o uso crescente de inteligência artificial para aprimorar a publicidade direcionada. A Amazon Web Services e a TripleLift estão desenvolvendo modelos que inserem produtos em programas de TV sem interromper a experiência do usuário, utilizando aprendizado de máquina.

A prática levanta preocupações éticas, especialmente em relação ao uso de dados de saúde para direcionar anúncios farmacêuticos. Isso pode levar a vendas agressivas e informações enganosas, afetando negativamente o público.

Além disso, o rastreamento de dados pelos dispositivos de streaming pode impactar o cenário político. Candidatos poderiam explorar essas informações para campanhas personalizadas, utilizando dados sobre preferências políticas e emocionais dos espectadores.

Outro ponto crítico é a segmentação de comunidades negras, hispânicas e asiático-americanas nos EUA. Vistas como alvos lucrativos por profissionais de marketing, essas comunidades são afetadas por práticas de segmentação que utilizam dados raciais e étnicos.

Ações e solicitações às autoridades

Em resposta a essas preocupações, o CDD acionou a Comissão Federal de Comércio, entre outras entidades, solicitando uma investigação sobre a indústria de CTV. O objetivo é garantir a privacidade e proteção do consumidor contra práticas invasivas.

A crescente utilização das televisões conectadas como meio não regulamentado nos Estados Unidos é um alerta. O CDD defende a ampliação da legislação atual para proteger os consumidores, incluindo a revisão da Lei de Proteção à Privacidade de Vídeo, de 1988.

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