Relatório global mostra que a pandemia de AIDS pode acabar até 2030; confira os dados

Dados globais do Programa UNAIDS apresentaram uma análise ampla e o caminho ideal para o fim da pandemia de AIDS, que já dura há décadas.

Um importante relatório com dados globais sobre a AIDS foi divulgado nesta quarta-feira (13) pelo UNAIDS. O documento apresenta dados e demonstra uma promissora perspectiva que pode levar ao fim da AIDS até 2030.

O relatório intitulado “O Caminho que põe fim à AIDS” (The Path that Ends AIDS) é uma análise do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS).

Os pesquisadores reuniram dados e estudos sobre a doença ao redor do mundo e acompanharam as ações de cada país, como a iniciativa chamada de “Metas 95-95-95”.

Eles conseguiram identificar que “o fim da AIDS é uma escolha política e financeira”, e que os países e lideranças que já estão seguindo esse caminho estão obtendo resultados extraordinários.

O que são as “Metas 95-95-95” no combate à AIDS?

As “Metas 95-95-95” são ações globais e compromissos propostos pelo UNAIDS em 2021. Elas representam que, em cada país:

  • 95% das pessoas que vivem com HIV conhecem seu status sorológico;
  • 95% das pessoas que sabem que vivem com HIV estão em tratamento antirretroviral;
  • 95% das pessoas em tratamento estão com a carga viral suprimida.

Muitos países, como Ruanda, Botsuana, República Unida da Tanzânia e Zimbábue, já atingiram as metas e estão no caminho para colocar fim à AIDS até 2030. Da mesma forma, 16 nações apresentam resultados motivadores que se aproximam da meta global.

Os dados da AIDS no Brasil

O Brasil é um dos países que ainda não alcançou a meta ideal, com seus dados representando 88-83-95 nas metas globais. Além disso, o país ainda enfrenta inúmeras questões sociais que impedem o avanço das ações nacionais para combater o HIV/AIDS.

De acordo com o portal da UNAIDS, os problemas do Brasil são “causados principalmente pelas desigualdades, que impedem que pessoas e grupos em situação de vulnerabilidade tenham acesso integral aos recursos de prevenção e tratamento do HIV que salvam vidas”.

Para Ariadne Ribeiro Ferreira, representante de Igualdades e Direitos do UNAIDS Brasil, outro ponto alarmante é que o atual movimento das casas legislativas do país incentiva legislações que criminalizam e punem a comunidade LGBTQIA+, principalmente as pessoas trans.

Os dois desafios do Brasil ampliam a discriminação e proporcionam obstáculos para o alcance das metas nacionais de erradicação da AIDS até 2030.

Em resumo, o relatório global do UNAIDS aponta que os países que mais apresentaram progresso para o fim da doença são as nações que investiram nas metas globais.

O documento também reforça a importância do apoio político e financeiro para que o caminho claro de combate ao HIV/AIDS possa ser trilhado até 2030.

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