Revelação inesperada em sistema solar vizinho intriga a comunidade científica

Pesquisa indica atividade geológica e atmosfera que contraria análises passadas.

O exoplaneta TRAPPIST-1b, localizado a aproximadamente 40 anos-luz da Terra, está novamente no centro das atenções científicas.

Em um estudo recente publicado na revista Nature Astronomy, pesquisadores do Instituto Max Planck de Astronomia, na Alemanha, revelaram que o planeta, anteriormente considerado estéril, pode possuir uma atmosfera ou apresentar intensa atividade geológica.

Essas novas descobertas foram possíveis graças às observações feitas pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST), da NASA.

Análises anteriores sugeriam que TRAPPIST-1b era um mundo rochoso e nu, mas os dados atuais desafiam tal perspectiva e abrem portas para novas interpretações sobre sua formação e evolução.

Ilustração artística feita para representar o Trappist-1 b próximo à sua estrela nativa – Imagem: reprodução/Thomas Müller

Características geológicas sobre o TRAPPIST-1b

Os pesquisadores observaram que a superfície do planeta é extremamente jovem, com idade inferior a mil anos, o que indica um recapeamento magmático contínuo. A presença de atividade vulcânica ou tectônica poderia explicar tal geologia peculiar.

Atualmente para a astronomia, um mundo rochoso que não tem atmosfera não converge com as mensurações e cálculos. Logo, a juventude geológica sugere processos internos ativos que desafiam nossas compreensões.

Nova interpretação dos dados

Em observações anteriores, o James Webb detectou emissões de dióxido de carbono, o que levou à conclusão de que TRAPPIST-1b era estéril. Entretanto, novas medições em diferentes comprimentos de onda indicam variações térmicas, assim sugerem uma superfície vulcânica ou uma atmosfera densa.

Os dados atuais apontam para duas hipóteses:

  1. Uma intensa gravidade exercida pela estrela e outros planetas que mantém TRAPPIST-1b em constante movimento;

  2. A presença de uma atmosfera rica em dióxido de carbono com inversão térmica, similar à de Titã, uma lua de Saturno.

Apesar das novas informações, os cientistas destacam a necessidade de mais análises para decifrar a verdadeira natureza de TRAPPIST-1b.

Michiel Min, membro de pesquisa do Instituto Holandês de Pesquisa Espacial, informou sobre a possibilidade de uma atmosfera nunca observada, o que pode revolucionar o entendimento sobre exoplanetas.

Embora considerado inabitável, TRAPPIST-1b oferece insights valiosos sobre dinâmicas planetárias complexas. Tais descobertas não apenas desafiam conceitos anteriores, mas também ampliam o horizonte para futuros estudos sobre a evolução de planetas em sistemas semelhantes ao nosso.

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