O que foi a Revolução Agrícola?

Confira um resumo sobre as principais características, quando aconteceu, suas causas e como o evento se relaciona com a Revolução Industrial.

A Primeira Revolução Agrícola aconteceu no período Neolítico, ainda na Pré-História, quando o homem se sedentarizou e parou de andar em busca de alimento. Com isso, houve o desenvolvimento da agricultura, fenômeno relacionado ao surgimento das primeiras civilizações originárias das comunidades primitivas.

Posteriormente, já na Baixa Idade Média, o crescimento populacional demandou mais produção de gêneros agrícolas, por isso, os camponeses adotaram o uso do arado, facilitando no manejo do solo.

Neste artigo, trataremos da Segunda Revolução Agrícola. Confira!

Segunda Revolução Agrícola

A Segunda Revolução Agrícola, ou Revolução Agrícola Inglesa, data dos séculos 18 e 19, devido ao incremento de novas tecnologias à agricultura. O objetivo era aumentar a produção para atender à demanda.

Um dos principais incentivos foi a aprovação de uma lei na Inglaterra que permitiu a compra de campos pela alta-burguesia, forçando a migração dos pequenos produtores para as grandes cidades (Lei do Cercamento de Terras).

Trabalhadores, estes, que encheriam as fábricas com mão de obra, favorecendo a Revolução Industrial.

Origem da Revolução Agrícola

Como mencionado anteriormente, a Revolução Agrícola Inglesa foi um movimento ocorrido no século 18 em decorrência de várias mudanças e avanços que acarretaram o aumento da produção na zona rural.

Obviamente, não foi um fenômeno repentino, mas, sim, resultado de um processo que já estava em andamento na agricultura desde os tempos finais da Idade Média. Além da Inglaterra, os avanços foram registrados nas colônias inglesas localizadas na Ásia e América.

Nesse período, o uso dos cavalos passou a ser adotado, além de haver maior concentração de terras e investimento em pesquisas para reduzir o empobrecimento do solo.

Causas da Revolução Agrícola

Confira um resumo das causas da Revolução Agrícola Inglesa:

  • Fortalecimento do capitalismo como sistema de produção, cujas bases não se limitaram à Revolução Industrial, mas também abarcaram a busca por mais lucros na produção e comércio de insumos agrícolas;
  • Aumento da demanda de produção em decorrência do crescimento populacional da Inglaterra;
  • Lei dos Cercamentos de Terras, que tirou as terras pertencentes a pequenos produtores passando-as para a aristocracia. Assim, a agricultura de subsistência deu lugar à grande produção agrícola;
  • Maior demanda da principal matéria-prima para a indústria têxtil: o algodão. Quanto maior a produção das indústrias, mais algodão era necessário para que a produção fosse suficiente. O produto era, na maior parte, originado das colônias inglesas, como os Estados Unidos;
  • Equalização do espaço para a agricultura e diversificação das sementes.

Consequências da Revolução Agrícola

Os avanços registrados pela Revolução Agrícola foram:

  • Adoção do sistema rotativo de culturas, mantendo o solo sempre fértil por intercalar diferentes produtos, evitando o desgaste do terreno;
  • Produção agrícola extensiva substituída pelo sistema intensivo, possibilitando a produção em larga escala e, assim, uma maior produtividade;
  • Mecanização agrícola, com o uso de equipamentos como a semeadeira mecânica. Inventada no século 18, a máquina facilitou e tornou a distribuição de sementes mais eficiente.

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