Revolução Liberal do Porto

A Revolução Liberal do Porto foi um conflito ocorrido na cidade do Porto, em Portugal, e se espalhou para outras regiões do país.

O que foi a Revolução Liberal do Porto? Ocorrida em 1820, a Revolução Liberal do Porto foi um conflito liderado por militares e comerciantes portugueses que tinham como principal objetivo reorganizar Portugal, que vivia um momento de crise política e econômica.

De caráter liberal e antiabsolutista, exigiam uma nova Constituição e o retorno da Corte portuguesa que se encontrava no Brasil.

Revolução Liberal do Porto

A principal causa da crise que Portugal enfrentava partia da ausência dos chefes de Estado e dos membros do governo português, pois D. João VI e sua Corte estavam no Brasil devido às invasões napoleônicas.

A permanência da Corte no Rio de Janeiro gerou diversos problemas. Em 1818, comerciantes, magistrados e militares da cidade do Porto, criaram uma sociedade secreta para discutir os ideais liberais e contestar o regime absolutista pelo qual Portugal estava submetido.

Além disso, eles se sentiam incomodados com a presença das tropas inglesas no país, lideradas pelo marechal Beresford, titulado Lorde Protetor de Portugal.

Por isso, em 1820, o grupo iniciou uma revolta que tomou as ruas de Porto e de outras regiões do país.

Vitoriosos, os revoltosos se organizaram a fim de formular uma nova Constituição que limitasse o poder real. Eleições para uma constituinte foram realizadas tanto em Portugal quanto no Brasil.

Em 1821, o reino foi transformado em uma Monarquia Constitucional. No mesmo ano, D. João VI volta a Lisboa, deixando no Brasil D. Pedro I como príncipe regente.

A permanência de D. Pedro I foi uma forma de criar uma autoridade central para controlar as províncias e evitar a fragmentação do território.

Entretanto, as Cortes portuguesas começaram a exigir a volta de D. Pedro I a Portugal. Se recusando a cumprir tal medida, no dia 9 de janeiro de 1822, ele decide se manter no Brasil. Tal dia ficou conhecido como o Dia do Fico.

Além de defenderem uma Monarquia Constitucional para Portugal inspirada no liberalismo, as Cortes portuguesas desejavam rebaixar o Brasil à posição de colônia. A partir de então, começou a ganhar forma entre a elite brasileira a proposta de independência do Brasil, pois não queriam reassumir tal posto.

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