Risco crescente: duas grandes cidades brasileiras podem acabar submersas
O relatório do programa das Nações Unidas prevê aumento do aquecimento global e a submersão de duas grandes cidades brasileiras.
O aumento das emissões de gases de efeito estufa, um fenômeno associado ao aquecimento global, está colocando em risco duas cidades costeiras no Brasil, de acordo com um estudo recente conduzido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) em colaboração com a agência Climate Impact Lab.
As projeções climáticas e estimativas do aumento do nível do mar sugerem que, se as emissões continuarem sem controle, até o final do século 21, uma das cidades poderá ter 7,57% de seu território submerso, enquanto a outra poderá enfrentar a submersão de 7,35%.
Essa preocupante perspectiva destaca os impactos diretos das mudanças climáticas nas áreas costeiras, alertando para a urgência de medidas eficazes de controle de emissões e adaptação.
Cidades brasileiras que ficarão submersas
A obtenção de dados e modelos de projeção para o estudo foi realizada por meio de informações provenientes de satélites e mareógrafos.
Essas fontes foram fundamentais para embasar as conclusões do estudo desenvolvido pelo Pnud, utilizando como referência o Sexto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
O estudo contém três cenários diferentes de emissão de gases – baixo, significativo e alto – proporcionando uma análise abrangente dos possíveis impactos.
Notavelmente, no cenário atual, caracterizado por emissões de nível intermediário, Santos e Rio de Janeiro estão projetados para enfrentar um aumento do nível do mar acima da média global.
De acordo com as projeções, até 2050, Santos poderia ter 2,74% de seu território submerso, enquanto o Rio de Janeiro poderia enfrentar uma submersão de 2,07%.
Os especialistas sublinham que as decisões e estratégias delineadas durante a Conferência do Clima, COP-28, programada para ocorrer em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, devem ser fortemente guiadas por esses dados preocupantes.
O risco iminente de elevação do nível do mar não só ameaça áreas costeiras densamente povoadas, mas também representa um perigo tangível para cerca de 73 milhões de pessoas em todo o mundo até o fim do século 21.
O estudo ressalta que a redução das emissões é uma medida crucial para atenuar esses riscos, proporcionando um tempo vital para preparação e mitigação de impactos inevitáveis.
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