RJ, SP, PR ou DF? Descubra em qual estado brasileiro fica o bairro mais caro do país

Fatores como fácil acesso a serviços variados, áreas nobres e aumento de aluguéis estão influenciando os preços deste local.

Alguns estudos realizados nos últimos anos apontaram que alguns bairros de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Brasília tiveram um salto de valorização bastante acentuado entre 2022 e 2023.

Uma dessas pesquisas foi realizada pelo grupo QuintoAndar, que trabalha com aluguel de imóveis. O estudo foi direcionado justamente a apurar onde estão os aluguéis mais caros do país.

Na amostragem, especialistas investigaram bairros de seis capitais diferentes, elegendo Ipanema e Leblon, no Rio de Janeiro, Centro Cívico, em Curitiba, e Setor de Clubes Esportivos Sul, em Brasília, como os que mais encareceram ao longo de 2023.

De todos esses bairros, o carioca Leblon foi o mais valorizado de todos, tendo um aumento de mais de R$ 100 no valor do aluguel do seu metro quadrado ao longo do ano passado.

Outra pesquisa, realizada com base no Índice FipeZap Residencial em dezembro passado, investigou os bairros mais caros para se comprar um imóvel no Brasil atualmente.

Como resultado, o estudo colocou novamente Leblon e Ipanema à frente, seguidos do Itaim Bibi, em São Paulo. Nesse quesito o Leblon figura novamente como o mais caro, tendo um metro quadrado que custa R$ 22 mil, seguido por Ipanema (R$ 21 mil) e Itaim Bibi (R$ 17 mil).

Por que o aluguel está tão caro?

(Imagem: wirestock/Freepik/reprodução)

Dados mais abrangentes da pesquisa do QuintoAndar apontam que entre 2022 e 2023 praticamente todas as principais capitais brasileiras tiveram aumento no preço dos aluguéis de imóveis.

Thiago Reis, atual gerente de Dados do Grupo QuintoAndar, explica que o aumento no preço dos aluguéis no ano passado se deve ao fato de muitas pessoas terem adiado a compra de ter uma casa própria.

“A alta taxa de juros, que perdurou até agosto acima da casa dos 13%, fez com que muitas pessoas deixassem o sonho da casa própria de lado. Isso aqueceu ainda mais a demanda pelo aluguel e puxou os preços para cima. Com isso, os descontos também caíram”, disse ele.

Além das taxas de juros altas, que aumentam as parcelas de casas vendidas via financiamento imobiliário, o preço inicial dos imóveis também esteve mais alto em 2023 devido ao número menor de unidades habitacionais disponíveis. Com o reaquecimento do setor, esse cenário deve mudar.

Por fim, vale citar outro fator que tem elevado os preços dos aluguéis. Trata-se da busca por imóveis maiores, em geral com três dormitórios, que cresceu por causa da expansão da modalidade de trabalho home office, popularizada ao extremo durante a pandemia.

“A nova dinâmica de trabalho, com os modelos remoto e híbrido ainda muito presentes, fez com que a valorização de apartamentos maiores ganhasse destaque. Se antes os imóveis de um dormitório eram muito mais procurados, por conta da facilidade de acesso aos grandes centros logo após a pandemia, essa realidade tem se alterado. Muitas pessoas foram atrás de espaço novamente”, esclareceu Thiago Reis.

* Com informações de Valor Investe

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