Governo Rodrigues Alves (1902-1906)

Rodrigues Alves foi o quinto presidente do Brasil.

Rodrigues Alves foi o 5° presidente do Brasil, governando o país de 1902 a 1906, durante o período conhecido como República Velha ou Primeira República (1889–1930).

Sucessor de Campos Sales, ele assumiu a presidência no dia 15 de novembro de 1902, por meio da articulação estabelecida pela política dos governadores.

Por integrar as oligarquias cafeeiras, Rodrigues Alves direcionou seu governo ao atendimento das demandas das elites, à urbanização, modernização e saneamento básico da cidade do Rio de Janeiro.

Além disso, sua gestão foi beneficiada por uma economia estável que, naquele período, vivia um bom momento na agro-exportação.

Rodrigues Alves – Biografia

Francisco de Paula Rodrigues Alves nasceu no interior do estado de São Paulo, no dia 7 de julho de 1848. Em 1859 ingressou no Colégio Pedro II, na cidade do Rio de Janeiro.

Ao graduar-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, ele retornou à sua cidade natal, Guaratinguetá, onde ocupou o cargo de promotor de justiça e paz, juiz e vereador.

Em 1875 se casa com Ana Guilhermina de Oliveira Borges e, juntos, têm 8 filhos. Durante sua vida, ele assumiu vários cargos políticos:

  • Vereador
  • Deputado provincial
  • Deputado geral
  • Deputado constituinte e federal
  • Conselheiro do Império
  • Integrante da Assembleia Constituinte de 1890
  • Senador
  • Ministro da Fazenda
  • Presidente do estado de São Paulo
  • Presidente do Brasil

Governo de Rodrigues Alves

Rodrigues Alves, apoiado tanto pelo Partido Republicano de Minas Gerais quanto pelo de São Paulo, ascendeu ao posto presidencial nas eleições de 1902.

Ele tomou posse no dia 15 de novembro de 1902 e, a partir de então, teve um governo marcado pela modernização, urbanização e saneamento básico, principalmente na cidade do Rio de Janeiro, então capital federal.

Esta cidade apresentava um alto acúmulo de lixo que propiciava a proliferação de inúmeras doenças, tais como a varíola, febre amarela e peste negra.

Além disso, ele direcionou recursos para a construção de avenidas, portos e estradas de ferro. É importante salientar que sua política de modernização e urbanização do Rio de Janeiro teve duras consequências para as camadas populares.

Ao expulsar os moradores dos cortiços e casebres de suas residências para a construir obras públicas e estradas, ele aprofundou a desigualdade social no país.

Tal realidade fez com que os populares se direcionassem para os morros da cidade, iniciando o processo de favelização.

Além disso, seu governo atuou no plano externo, com a anexação do Acre ao país, através do Tratado de Petrópolis (1903).

No final do seu governo, cafeicultores organizaram um programa de auxílio aos produtores de café. Chamado de Convênio de Taubaté, o compromisso determinava que o governo federal deveria comprar o excedente da produção do grão, garantindo os lucros dos cafeicultores.

Rodrigues Alves não concordou com tal medida, sob a justificativa de que ela comprometeria os cofres públicos. No entanto, o interesse das oligarquias prevaleceu, e os governos estaduais atenderam a suas demandas.

O mandato presidencial de Rodrigues Alves acabou em 15 de novembro de 1906, momento em que ele foi sucedido por Afonso Pena.

Em 1918, ele foi novamente eleito presidente do Brasil, no entanto, não assumiu o cargo por ser uma das vítimas da gripe espanhola.

Revolta da Vacina

No início do século XX, o país se deparou com uma intensa imigração europeia aliada à abolição da escravidão (1889), que fez com que os escravos, mesmo depois de libertos, seguissem mantendo condições precárias de vida.

Tal realidade provocou um “inchaço urbano”, isto é, a cidade não tinha estrutura para comportar tantos moradores.

Nessa época, o Rio de Janeiro enfrentava constantes e intensas epidemias causadas pela proliferação de ratos e insetos, consequência da ausência de planejamento urbano e saneamento básico.

Sendo assim, em 1904, Rodrigues Alves e o Diretor-geral de Saúde Pública, Oswaldo Cruz, propuseram a Lei da Vacina Obrigatória.

A promulgação dessa lei desencadeou em um motim popular conhecido como Revolta da Vacina, devido a grande indignação da população por tal medida. A vacinação obrigatória ocorria por meio da força policial e da ameaça.

Os moradores do Rio de Janeiro, revoltados com a falta de informação, reclamavam da atitude arbitrária do governo que determinou a vacinação de toda a população.

No entanto, tal medida proposta por Oswaldo Cruz resultou na diminuição das doenças na cidade do Rio de Janeiro.

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