Um laser pode desviar relâmpagos apenas apontando ele para o céu
Não realize esse experimento em casa, mas apontar um laser potente para o céu pode evitar relâmpagos, segundo cientistas.
Um grupo de cientistas realizaram estudos com um laser no topo de uma montanha na Suíça onde fica uma grande torre de telecomunicações de metal. Essa torre, segundo os pesquisadores, tem uma grande ocorrência de raios, pois ela é um “para-raios”, já que está em um local alto e é feita de metal. Por isso, esse local foi perfeito para o grupo testar a possibilidade de desviar os raios. Confira os resultados do estudo.
É possível desviar raios com laser.
É o que o novo estudo do físico Aurélien Houard concluiu após alguns testes, veja como foi realizado o estudo e os testes práticos:
Laser para-raios
O laboratório de Óptica Aplicada do Centro Nacional Francês de Pesquisa Cientifica, em Paris, junto a um grupo de cientistas e do físico Aurélien Houard, realizou um estudo sobre como lasers poderiam ser uteis para desviar relâmpagos e raios.
Para isso, o grupo foi até essa torre de telecomunicação em uma montanha suíça e resistiram a horas de tempestade. Enquanto a tempestade acontecia, eles utilizaram diversos lasers com potências variadas para verificar se eles poderiam guiar relâmpagos para longe da estrutura, já que a torre é atingida por raios mais 100 vezes durante o ano.
Essas ocorrências podem causar bilhões de dólares em danos a aeroportos e plataformas de lançamento, então o teste é para verificar se é possível utilizar esses lasers em estruturas desse porte e substituir a proteção contra raios conhecida como Haste de Franklin, criada no século XVIII por Benjamin Franklin.
Resultados dos testes
O experimento ocorreu durante o verão de 2021 a partir da montanha Santis no nordeste da Suíça. Pulsos de laser curtos e intensos foram lançados nas nuvens durante uma série de tempestades e desviaram com sucesso quatro descargas atmosféricas que se direcionavam para ponta da torre. Outros 12 relâmpagos atingiram a torre durante os períodos de tempestade onde o laser estava inativo.
“Esses resultados preliminares devem ser confirmados por campanhas com adição de novas configurações”, escrevem Houard e colegas.
“Este trabalho abre caminho para novas aplicações atmosféricas de lasers ultracurtos e representa um passo importante no desenvolvimento de uma proteção contra raios baseada em lasers para aeroportos, plataformas de lançamento ou grandes infraestruturas”, concluem Houard e colegas.
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