Swift: O que é e quais serão as consequências da exclusão da Rússia?
Ao excluir o país russo do sistema, sanção será considerada uma das mais rígidas aplicadas pelo Ocidente. Veja mais!
Recentemente, Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, realizou uma solicitação pedindo que a Rússia fosse excluída do sistema financeiro global Swift. Uma vez que, muitos líderes do Ocidente estão considerando adotar abordagens mais rígidas contra o governo russo.
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Além disso, Dmytro Kuleba, ministro ucraniano das Relações Exteriores, afirmou que não será mais diplomático quanto a isso, e que agora é necessário remover a Rússia do sistema. Caso seja aprovada, tal medida será uma das mais duras que os países ocidentais poderão sancionar em razão dos constantes ataques ao território ucraniano.
Mas afinal, do que se trata o Swift?
O Swift nada mais é do que uma sociedade cooperativa internacional. Tendo sede em Bruxelas, na Bélgica, teve sua fundação datada em 1973 e contava com 239 bancos de 15 países. Ademais, tal sistema tem a finalidade de gerar um canal de comunicação global entre instituições, assim como promover uma padronização das transações financeiras de cunho internacional.
Assim, cerca de 11 mil instituições financeiras em mais de 200 países fazem uso do Swift atualmente, transformando-o em uma peça fundamental do sistema financeiro internacional.
Quais serão as consequências caso a Rússia seja excluída do Swift?
Caso a exclusão seja concretizada, os bancos russos não irão mais poder utilizar o sistema para operar, ou seja, ficarão sem poder receber pagamentos. Isso também inclui transações de cunho comercial, de instituições de fora do país.
Assim, a exclusão irá dificultar negociações de bens como, por exemplo, óleo, gás e metais, que geralmente ocorrem em dólar americano. Isso fará com que o rublo russo sofra uma grande desvalorização no mercado internacional.
No entanto, esta não é a primeira vez que ameaçam remover a Rússia do Swift. Uma vez que, em 2014, também cogitou-se tal ação logo depois do país anexar o território da Crimeia.
Por conta desses acontecimentos, o país governado por Vladimir Putin afirma estar trabalhando no desenvolvimento do seu próprio sistema de transferências internacionais, chamado de “Sistema para Transferência de Mensagens Financeiras” (SPFS, na sigla em inglês).
Contudo, se formos analisar o ponto de vista comercial, a sanção não seria um bom feito para os países europeus que mantêm negócios com o governo russo. Isso porque o país é tido como o maior fornecedor de gás natural, além de ser uma das principais exportadoras de petróleo do continente.
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