Saiu Plutão, entra outro? Descoberta reforça existência do enigmático Planeta 9
Estudo liderado pelo físico Rafael Ribeiro de Sousa sugere que o misterioso Planeta 9 pode realmente existir.
Desde 1846, a existência do enigmático Planeta 9 intriga cientistas. No entanto, um novo estudo liderado por Rafael Ribeiro de Sousa da Unesp e publicado na revista Icarus sugere que este corpo celeste pode, de fato, existir. Esta descoberta marca um avanço significativo na astronomia.
Localizado além do Cinturão de Kuiper, onde Plutão reside, o Planeta 9 permanece invisível aos telescópios. Contudo, sua presença é indicada por fortes influências gravitacionais em corpos celestes menores, além de trajetórias orbitais que ele poderia influenciar.
Nos últimos 20 anos, avanços tecnológicos permitiram a detecção de objetos transnetunianos com órbitas que apontam para um mesmo ponto. O fenômeno sugere a presença de uma força gravitacional significativa, reforçando a hipótese de um corpo celeste.
Similarmente, outros planetas, como Urano, foram descobertos devido às influências gravitacionais. Assim, os últimos indícios são cruciais para futuros esforços de observação.
Simulações e descobertas recentes
Pesquisadores criaram simulações abrangendo 4,5 bilhões de anos do Sistema Solar. Os resultados indicaram que o Planeta 9 poderia influenciar cometas próximos a Plutão e contribuir para formações conhecidas como o Cinturão de Kuiper e a Nuvem de Oort.
Essas simulações foram confirmadas por observações de cometas reais.
Impacto do Planeta 9
O modelo sugeriu que, com o Planeta 9, o número de cometas com mais de 10 km de diâmetro seria aproximadamente 3,6, alinhando-se com as observações. Sem ele, os números seriam inferiores a um, demonstrando a relevância de sua existência.
Redefinindo características
Estudos anteriores sugeriam que o Planeta 9 teria massa 15 vezes superior à da Terra, semelhante a Urano. No entanto, novas análises indicam que ele poderia ter apenas 7,5 vezes a massa terrestre, ajustando-se melhor aos dados observados.
O próximo passo para a equipe de Sousa envolve refinar simulações e estudar cometas de longo período, originários da Nuvem de Oort.
Essas investigações podem trazer mais esclarecimentos sobre o elusivo Planeta 9 e ampliar nosso entendimento sobre o Sistema Solar.
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