Salário mínimo de julho seria de R$ 6.528,93, aponta Dieese

A análise realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese ) revelou uma estimativa assustadora acerca do salário-mínimo atual no Brasil.

Para uma família composta por quatro membros, com o sustento considerado ideal, por exemplo, o salário-mínimo deveria ser de R$ 6.528,93.

Isso representa um montante equivalente a cinco vezes o valor do salário-mínimo atualmente vigente no Brasil, que é de R$ 1.320.

De maneira regular, o Dieese realiza avaliações mensais do montante necessário para um salário-mínimo adequado, medindo os valores presentes no mercado. O ideal está distante da realidade de muitos.

Dieese avalia a pretensão salarial do mês de julho

No contexto recente, um trabalhador brasileiro remunerado pelo salário-mínimo nacional destinou, em média, 54,61% do seu rendimento líquido para comprar alimentos essenciais durante o mês de julho de 2023.

A pesquisa também revelou que o valor necessário para adquirir uma cesta básica apresentou uma diminuição em 13 das 17 capitais onde o Dieese conduz regularmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica.

Isso sugere uma tendência de queda nos preços de alimentos essenciais em uma parte significativa das regiões avaliadas, apesar de estar distante da realidade do salário-mínimo atual.

(Imagem: divulgação)

No período que compreendeu os meses de junho e julho de 2023, merecem destaque as reduções mais marcantes que aconteceram em cidades como Recife, com uma queda de -4,58%.

Logo atrás está Campo Grande, que registrou um decréscimo de -4,37% durante o mesmo mês.

Além disso, foram observadas retrações significativas em João Pessoa, onde os preços diminuíram -3,90%, e em Aracaju, com uma queda de -3,51%, conforme orientou a pesquisa.

Contrapondo essa tendência, o levantamento ainda evidenciou um aumento notável nos preços dos alimentos em Porto Alegre, com um acréscimo de 0,47%.

No mesmo período, outras cidades mantiveram os valores praticamente estáveis, tais como Salvador (0,03%), Brasília (0,04%) e Fortaleza (0,05%).