Tudo sobre o sapo-folha

O sapo-folha (Proceratophrys sanctaritae, P. boiei e P. renalis) é o nome genérico para as espécies do gênero Proceratophrys que vivem no solo de florestas brasileiras e têm uma peculiar estratégia de sobrevivência.

Esses animais têm a coloração e a aparência de folhas secas. Eles se camuflam na serrapilheira (camada de vegetação morta) por meio de suas pálpebras superiores que têm um apêndice em forma de chifre, duas cristas dorsais, verrugas no corpo e coloração amarronzada.

Proceratophrys boiei

A espécie P. boiei é a mais conhecida, tendo sido descrita pela primeira vez em 1955. Por  habitar muitas áreas protegidas, como parques nacionais e estaduais, sua situação de preservação é definida como pouco preocupante na lista da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

Os machos P. boiei medem de 40 a 62 mm e as fêmeas de 40 a 74 mm. Habitam a mata atlântica e zonas de transição da mata atlântica com o cerrado. Eles vocalizam durante a estação chuvosa, à noite, e colocam seus ovos em brejos e riachos. Sua alimentação consiste principalmente em artrópodes como grilos, besouros, baratas e aranhas.

Proceratophrys sanctaritae

A espécie Proceratophrys sanctaritae foi descrita muito mais recentemente (2010) e sobre ela se tem menos informações. O indivíduo observado para descrever a espécie (holótipo) foi coletado na Serra do Timbó, Bahia.

Essa área está ameaçada pelo desmatamento para cultivo de banana e cacau e para a criação de pastagens, o que levou a redução da área nativa para a habitação do P. sanctaritae à 3% da original. Por isso, essa espécie é considerada criticamente em perigo.

Proceratophrys renalis

O Proceratophrys renalis é outra espécie endêmica do Brasil. Ela foi confundida com o P. Boiei desde sua primeira observação, em 1966, até 2008, quando foi reconhecido como uma espécie diferente. Não há informações quanto a sua conservação.