Sem disposição para malhar? Motivo disso pode estar no seu intestino
Cientistas chegaram à conclusão após estudo com 106 ratos nos EUA.
Manter uma rotina de exercícios é difícil. Além do fato de que ficar quietinho em casa sempre parece ser uma opção melhor, nem todos os dias temos disposição para malhar. Cientistas se debruçam sobre isso e tentam encontrar a solução da falta de ânimo para mexer o esqueleto e parecem ter encontrado as culpadas no nosso intestino.
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De acordo com um estudo feito pela Universidade da Pensilvânia, nos EUA, algumas bactérias que moram no nosso intestino são capazes de aumentar a liberação de dopamina durante os exercícios físicos. E é isso que nos dá mais disposição para malhar.
Como os cientistas descobriram a origem da falta de disposição para malhar?
O estudo foi conduzido em 106 ratos, que tiveram genética, capacidade de exercício e composição do microbioma intestinal rastreadas. De acordo com o cientista Christoph Thaiss, a maior frequência com que os roedores se exercitavam estava ligada à quantidade e à qualidade das bactérias em seus intestinos.
A pesquisa concluiu que ratos que possuíam as bactérias intactas passaram o dobro de tempo se exercitando voluntariamente, quando comparados com os que tiveram desarranjos nos micróbios intestinais. Além disso, estes últimos registraram uma queda no nível de dopamina.
Em outro momento dos estudos, esses ratos receberam amidas de ácidos graxos, moléculas produzidas pelas bactérias intestinais. Após isso, os roedores conseguiram alcançar a mesma frequência de exercícios que os demais.
Com isso, os cientistas puderam cravar uma ligação entre a disposição para malhar e as bactérias que vivem no intestino.
Cérebro e intestino
A ligação entre o cérebro e o intestino já foi comprovada antes. Estudos anteriores mostraram que o sistema gastrointestinal está ligado à regulação de humor. Por isso, as pessoas ficam tão irritadas quando passam alguns dias sem irem ao banheiro, por exemplo.
Nosso intestino também atua fortemente no controle dos níveis de açúcar no sangue, na proteção contra doenças cardíacas e até mesmo na prevenção à demência.
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