Um nome sem gênero, ou nome neutro, é aquele que pode ser utilizado tanto por meninos quanto por meninas, uma tendência que tem ganhado força nos Estados Unidos.
Lá, os pais estão cada vez mais escolhendo nomes que não definem explicitamente o sexo da criança.
Em um levantamento recente, a empresa de tecnologia BeenVerified analisou as tendências de nomes em 2023 e revelou que vários nomes neutros estão entre os mais escolhidos.
No entanto, esses nomes ainda não atingiram os primeiros lugares de popularidade geral.
Vale ressaltar que colocar nomes sem gênero não é uma novidade nos Estados Unidos. A tradição é antiga, com muitos exemplos de meninas chamadas Alisson, um nome considerado masculino no Brasil.
Outros nomes comuns, como Logan, Ariel e Dominique, são amplamente usados por ambos os sexos na terra do Tio Sam.
Cada vez mais crianças têm nomes neutros nos EUA. Imagem: reprodução
Nomes unissex mais populares nos EUA
A pesquisa da BeenVerified identificou os nomes sem gênero mais comuns, destacando a variação percentual de uso entre meninos e meninas.
- O já citado Logan, por exemplo, é escolhido predominantemente para meninos, com 90% dos registros, enquanto apenas 10% das Logans são meninas.
- Ezra segue uma tendência semelhante, com 94,6% de meninos e 5,4% de meninas.
- Já Avery, no entanto, mostra uma distribuição mais equilibrada, sendo 79% das vezes usado para meninas e 21% para meninos.
- Outro nome popular é Dylan, com 92,8% de uso para meninos e 7,2% para meninas. Carter também é majoritariamente masculino, com 92% dos registros, comparado a 8% de uso feminino.
- Riley, por outro lado, é bastante popular entre meninas, representando 75,5% dos registros, enquanto 24,5% dos Rileys são meninos.
- O nome Parker (sem o Peter antes) demonstra uma distribuição mais equilibrada, sendo 61,5% para meninos e 38,5% para meninas.
- Kai é predominantemente masculino, com 93,8% dos registros, e Angel também segue essa tendência com 89,5% de uso para meninos, sobretudo de origem hispânica.
- Cameron é outro exemplo de nome neutro, com 89,1% dos registros para meninos e 10,9% para meninas.
Por fim, a utilização de “nomes unissex” é uma prática cultural muito curiosa nos Estados Unidos.
Esse é mais um traço característico daquele país, também conhecido, assim como o Brasil, pelas suas altas taxas de miscigenação e inclusão.
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