Sensação térmica de 70ºC? Entenda os limites do corpo humano para o calor

Relatos de sensação térmica de 70ºC no Brasil são desmentidos; novas pesquisas revelam limites críticos de calor.

Uma notícia sensacionalista que ganhou força recentemente afirma que a sensação térmica na cidade de Porto Alegre teria atingido 70ºC. Veículos de comunicação rapidamente replicaram a manchete sem verificar as fontes, gerando preocupação desnecessária.

No entanto, essa informação não foi baseada em dados meteorológicos confiáveis. Esse episódio destaca a importância de compreender como o calor extremo afeta nosso corpo, além de checar informações em fontes seguras.

A sensação térmica, ou índice de calor, é uma combinação da temperatura do ar e da umidade. Essa medida reflete a percepção do calor pelo corpo humano, um tema de crescente relevância devido às mudanças climáticas.

O índice de calor e seus impactos no corpo humano

Cientistas identificaram que a combinação de 35ºC e 100% de umidade pode ser fatal para os humanos em poucas horas. Contudo, essa “temperatura de bulbo úmido” raramente foi registrada na história por mais de duas horas.

Estudos recentes, entretanto, sugerem que o limite crítico é ainda menor.

Pesquisas da Penn State University revelaram que jovens saudáveis atingem seu limite crítico com temperaturas de bulbo úmido de 31ºC e umidade acima de 50%. Acima desses valores, o corpo não consegue regular sua temperatura interna, aumentando os riscos de doenças relacionadas ao calor.

  • Estudos indicam que a tolerância ao calor varia entre indivíduos.
  • Crianças e idosos são mais vulneráveis ao calor extremo.
  • Trabalhadores expostos a altas temperaturas enfrentam riscos significativos.

Desafios e previsões climáticas

O impacto das ondas de calor é alarmante. Em 2022, mais de 61 mil pessoas morreram na Europa devido a altas temperaturas, e até 2100 quase metade da população mundial poderá enfrentar condições potencialmente letais por mais de 20 dias ao ano.

As ondas de calor estão se tornando mais frequentes e intensas. Por isso, pesquisadores destacam a importância de entender os limites do corpo humano para mitigar os efeitos do calor extremo.

A ciência continua a investigar o impacto das mudanças climáticas, buscando soluções para os desafios ambientais iminentes.

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