Será que o chiclete realmente fica 7 anos no estômago? Desvendamos esse mistério
Engolir chiclete apresenta alguns riscos, sobretudo às crianças.
Desde a infância, muitos de nós fomos alertados sobre os supostos perigos de engolir um chiclete e até acreditávamos que ele permaneceria em nosso corpo por longos sete anos. No entanto, essa ideia, amplamente difundida, é cercada por mitos que carecem de embasamento científico.
A crença de que gomas de mascar levam anos para serem eliminadas pode ter se originado devido à sua resistência à decomposição no meio ambiente.
Chicletes descartados nas ruas e solos, por exemplo, podem demorar bastante tempo para se degradarem. Ainda assim, o que realmente acontece em nosso organismo é bem diferente.
Chicletes podem ser bons para a digestão, se mascados logo após uma grande refeição – Imagem: reprodução/Nel Ranoko/Unsplash
O trajeto do chiclete no corpo humano
Quando engolimos uma goma de mascar, o corpo não consegue digerir a substância devido à falta de enzimas capazes de quebrar sua base de elastômeros, resinas e ceras. No entanto, o produto não fica no estômago por anos.
Em cerca de 40 horas, o chiclete é excretado nas fezes, similar aos demais alimentos digeríveis, o que torna o mito dos sete anos infundado.
O chiclete ingerido é eliminado completamente, sem causar danos ao sistema digestivo, a não ser que seja ingerido em grandes quantidades, algo raro em adultos.
Riscos ao engolir chiclete
Em adultos, ocasionalmente engolir uma goma de mascar não traz problemas significativos. No entanto, a ingestão excessiva pode resultar em obstrução intestinal. Já em crianças, especialmente nas menores de três anos, o risco é bem maior devido ao tamanho reduzido do trato digestivo e das vias aéreas.
Por isso, algumas medidas podem ser importantes ao engolir um chiclete:
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Mantenha as gomas de mascar fora do alcance de crianças pequenas;
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Descarte-as de maneira apropriada, evitando jogá-las no chão ou grudá-las em superfícies como paredes.
Portanto, embora engolir chiclete acidentalmente não seja motivo de preocupação para adultos, é importante supervisionar as crianças. O melhor é sempre descartar o produto corretamente e evitar a ingestão excessiva para prevenir possíveis complicações de saúde.
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