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Entenda como a superproteção e o uso excessivo de celulares estão prejudicando o desenvolvimento do seu filho.
O aumento no uso de dispositivos móveis e a superproteção parental são fatores que têm causado preocupações consideráveis sobre o desenvolvimento infantil.
Estudos indicam que ambos podem ter impactos significativos na saúde mental e emocional das crianças.
Efeito dos celulares
A introdução precoce e o uso excessivo de smartphones estão associados a várias complicações no desenvolvimento infantil.
Pesquisadores, como Jonathan Haidt no livro The Anxious Generation, discutem como esses dispositivos podem diminuir a capacidade de atenção, aumentar os riscos de depressão e ansiedade e reduzir habilidades sociais essenciais.
De acordo com um estudo da Universidade da Califórnia em Santa Barbara, o uso de celulares pelos pais na presença das crianças pode reduzir a capacidade delas de desenvolver inteligência emocional, pois se sentem menos ouvidas e compreendidas.
Inteligência emocional é a chave
Inteligência emocional, que inclui a capacidade de reconhecer e gerenciar as próprias emoções e as dos outros, é fundamental para o desenvolvimento social e emocional das crianças.
Quando os pais estão constantemente engajados em seus telefones, oferecem menos feedback emocional e interações de qualidade para seus filhos, que são essenciais para o aprendizado de habilidades sociais e emocionais.
As crianças aprendem a processar suas emoções e as de outros principalmente através das interações diárias com seus cuidadores.
Portanto, quando essa interação é limitada ou superficial devido à distração digital, o desenvolvimento da inteligência emocional pode ser severamente comprometido.
Efeitos da superproteção
Pais superprotetores, embora bem-intencionados, podem impedir que as crianças desenvolvam autonomia e resiliência.
Segundo especialistas em desenvolvimento infantil, crianças que não são expostas a desafios normais podem enfrentar dificuldades em lidar com rejeições e fracassos.
Essa superproteção pode levar a um maior medo de falhar, o que, paradoxalmente, pode inibir o crescimento pessoal e a independência.
A superproteção impede que a criança desenvolva autonomia. Imagem: Reprodução
O que os especialistas sugerem?
Para mitigar esses efeitos negativos, especialistas sugerem várias estratégias. Primeiramente, limitar o uso de tecnologias digitais por meio de ‘toques de recolher digitais’ e monitorar o conteúdo acessado pode ser eficaz.
Além disso, encorajar atividades extracurriculares que promovam habilidades sociais e resolução de problemas é essencial.
Para a superproteção, é recomendável que os pais permitam gradativamente que seus filhos enfrentem desafios apropriados para a idade, promovendo um ambiente de suporte em vez de controle.
Confrontados com esses desafios, pais e educadores devem estar cientes dos efeitos colaterais do uso excessivo de tecnologia e da superproteção.
Adotar práticas conscientes pode ajudar a promover um desenvolvimento mais saudável e equilibrado para as crianças, preparando-as melhor para as complexidades do mundo moderno.
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