‘Simulador de escravidão’: jogo de celular causa revolta na internet

Sim, um 'simulador de escravidão' virou jogo na internet e tinha alguém lucrando com a venda desse "entretenimento".

Recentemente, um jogo eletrônico criminoso foi identificado no mercado. Ele simulava a prática da escravidão, colocando o jogador no papel de um “proprietário de escravos”.

Essa produção, que continha conteúdo explicitamente racista, estava sendo comercializada no Google Play até a tarde da última quarta-feira, 24.

O jogo encorajava os jogadores a obter lucros por meio da exploração de personagens subjugados, simulando a prática da escravidão.

Além disso, de forma extremamente perturbadora, o jogo oferecia a opção de explorar sexualmente as pessoas virtualmente submetidas ao controle do jogador.

Essa descoberta gerou intensos debates sobre a responsabilidade das plataformas de distribuição de jogos em relação ao conteúdo que disponibilizam.

A questão central é como garantir que jogos com conteúdo tão ofensivo e prejudicial não sejam comercializados, respeitando os princípios éticos e promovendo um ambiente seguro e inclusivo na indústria dos jogos eletrônicos.

Em meio a tantos debates e em meio a diversos relatos de racismo sofrido por Vinícius Junior, jogador brasileiro do Real Madrid, surge um jogo que reforça questões problemáticas e criminosas. Saiba mais sobre isso.

Jogo que propagava o racismo estava disponível no Google Play

O jogo exibia imagens semelhantes ao período escravocrata, com pessoas negras sendo acorrentadas e postas como imagens de entretenimento, semelhante à estética de um desenho animado.

Na capa do “jogo”, havia um homem branco, bem vestido, ao lado de um homem negro sendo submisso. Segundo dados divulgados pela plataforma de download, o entretenimento criminoso acumulava cerca de mil downloads até a última quarta-feira, 24.

 

Foto: Google Play / Reprodução.

 

O desenvolvedor por trás desse jogo é identificado como Magnus Games, que também possui outros jogos disponíveis para download no Google Play. Após a intensa manifestação, o Google reconheceu o entretenimento com discurso de ódio e excluiu o aplicativo.

Segundo a historiadora e psicanalista Mariléa de Almeida, o jogo em questão apresenta uma forma expressa de racismo, sem demais definições além desta.

O entretenimento neutraliza a escravização e faz uso de uma retomada de questões problemáticas. A especialista ressalta que foi uma espécie de “racismo grosseiro”.

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