Starbucks deixa de ser a maior rede de cafeteria na China

Após longos anos de reinado em solo chinês, a empresa perdeu o posto de maior rede de cafeteria na China.

Quando a Starbucks fez sua entrada no mercado chinês em 1999, muitos expressaram ceticismo diante da perspectiva de uma cadeia de café triunfar em um país tão profundamente enraizado na tradição do chá.

A incursão da cafeteria no país não foi apenas uma mera expansão de mercado, mas sim um acontecimento que mudou significativamente os hábitos de consumo de bebidas no país.

A Starbucks não apenas inaugurou o mercado, mas também se tornou uma pedra angular na mudança cultural dinâmica na China, que aderiu de maneira massiva à cultura do café ocidental.

Durante a década de 2011 a 2021, uma rede inaugurou milhares de novos estabelecimentos. Começou de forma modesta, com 278 locais, e culminou com um número impressionante de mais de 5 mil, conforme relatado pela Coffee Intelligence.

Após anos como a principal rede de café da China, a Starbucks foi oficialmente superada pela Luckin Coffee. Esta é uma empresa chinesa que surgiu em 2017 como uma concorrente inovadora no cenário cafeeiro do país.

Enquanto a Starbucks reinava praticamente sozinha como uma gigante global do café, a Luckin Coffee surgia como um novo concorrente.

Impulsionada por um rápido período de expansão, a Luckin Coffee encerrou o segundo trimestre de 2023 com um total de 10.829 estabelecimentos em todo o território chinês, ultrapassando os 6.480 da Starbucks.

Com essa conquista, não só se tornou a maior rede de café na China, como também apresentou um crescimento mais acelerado no mercado.

O crescimento de uma nova rede

Em 2017, a Luckin Coffee surgiu como uma potência no cenário empresarial chinês, rivalizando rapidamente com a Starbucks.

A estratégia de crescimento focou intensamente em vendas e marketing, alocando uma parte significativa de seus custos operacionais nessas áreas nos anos iniciais.

A ascensão meteórica da Luckin foi interrompida em 2019, quando uma investigação interna revelou uma manipulação realizada em relatórios de vendas.

O então diretor de operações da empresa inflou artificialmente as vendas em mais de US$ 310 milhões, o que resultou em sua demissão, juntamente com a da fundadora e CEO, Jenny Zhiya Qian.

O escândalo resultou na retirada da Luckin Coffee da bolsa de valores e em uma pesada multa de 180 milhões de dólares, imposta pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA.

Apesar das reviravoltas, a Luckin Coffee conseguiu se recuperar de forma notável desde o escândalo. Este episódio turbulento, embora tenha manchado sua reputação, não impediu completamente a empresa de se reerguer.

Por meio de uma série de esforços de reestruturação e proteção de confiança, a Luckin Coffee parece estar retomando sua posição e buscando reafirmar sua presença no mercado chinês.

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