Supervulcões estão adormecidos, mas até quando? O alerta dos especialistas
Especialistas alertam para o risco iminente de erupções massivas.
As erupções vulcânicas menores são fenômenos naturais frequentes. Um exemplo disso ocorreu em 23 de dezembro, quando o vulcão Kīlauea, no Havaí, entrou em atividade. No entanto, tais explosões vulcânicas não se comparam ao impacto devastador do Monte Tambora, na Indonésia, em 1815.
Na ocasião, a erupção do Tambora não só matou 60 mil pessoas, mas também alterou o clima global. Foi um evento tão intenso que 1816 ficou conhecido como o “ano sem verão”, por ter resultado em crises de fome e epidemias na Europa e nos Estados Unidos.
De acordo com especialistas, como Markus Stoffel, da Universidade de Genebra, erupções dessa magnitude podem ocorrer novamente. As evidências geológicas indicam uma chance de 1 em 6 de uma erupção significativa neste século.
Vulcão na Indonésia – Imagem: reprodução/Centro de Vulcanologia e Mitigação de Riscos Geológicos da Indonésia
O risco crescente
Com o aumento populacional e as mudanças climáticas, uma erupção vulcânica de grande escala teria consequências ainda mais severas hoje. Markus Stoffel ressalta que, embora tenhamos planos de evacuação, como o do Campi Flegrei na Itália, isso não é suficiente.
Embora seja impossível prever precisamente onde a próxima erupção catastrófica pode acontecer, existem candidatos prováveis. Entre eles, o Campi Flegrei, que poderia desencadear tsunamis gigantescos e provocar um inverno rigoroso global.
Consequências econômicas e climáticas
A seguradora Lloyd’s of London analisou as possíveis repercussões econômicas de uma erupção semelhante à do Tambora. O clima mais frio e a redução da luz solar poderiam impactar a produção de alimentos, o que iria criar tensões políticas e econômicas. Veja os efeitos de um fenômeno como esse:
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Clima mais frio;
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Redução da luz solar;
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Mudanças nas chuvas;
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Impacto na produção de alimentos.
Em um cenário extremo, as perdas econômicas poderiam ultrapassar US$ 3,6 trilhões (R$ 21,86 trilhões*) no primeiro ano. Isso poderia levar à instabilidade global, com o risco de conflitos e guerra.
Preparação e prevenção
A boa notícia é que as chances de uma erupção massiva ocorrer em breve são baixas. Isso dá tempo aos governos para planejar e se preparar para o pior.
Simulações de cenários, testes de estresse e planos de contingência são cruciais para mitigar as consequências de um possível desastre natural desse porte.
* Valores de conversão consultados em 8 de janeiro de 2025.
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